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Entidade quer rever lei de direito autoral
DA SUCURSAL DO RIO
Três professores do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da
Fundação Getúlio Vargas foram proibidos de entrar ontem em encontro da indústria fonográfica no Rio onde
foi anunciada a série de ações
judiciais contra usuários de
redes de trocas de arquivos.
Eles queriam debater com
os executivos uma alternativa para o caso. A Escola de
Direito da FGV representa o
Creative Commons (CC) no
Brasil. ""Queremos legalizar o
uso democrático da internet
e não banir o novo", disse
Sergio Branco, um dos professores barrados. Creative
Commons são licenças de
propriedade intelectual alternativas, em que os autores
de bens culturais -músicas,
programas, livros etc.-
abrem mão de direitos
abrangentes, optando por
um registro que autoriza diferentes possibilidades de
uso de sua obra, desde mais
livres, como a recriação total
do que foi produzido, até
possibilidades mais restritas,
como a simples liberação para uso não-comercial. Hoje
há mais de 140 milhões de
""produtos" ligados de alguma maneira a licenças desse
tipo em todo o mundo.
Os representantes do
Creative Commons organizam um abaixo assinado on-line para pedir ao Congresso
Nacional que aprove projeto
para mudar a Lei dos Direitos Autorais.
Segundo Branco, a lei
9.610, de 1998, que regula os
direitos autorais no país, é
incompatível com os desenvolvimentos tecnológicos recentes. ""Nosso atual regime
transforma todo usuário da
internet em um potencial
criminoso e infrator de direitos. Se um consumidor compra um CD na loja e o copia
para o seu tocador de MP3,
está infringindo a lei. Há
uma contradição clara entre
o texto da lei e as práticas
tecnológicas usuais adotadas
hoje", disse ele. ""É preciso
começar a construir uma solução equilibrada para os
usuários da internet, ao mesmo tempo em que se assegure o devido pagamento aos
artistas. O primeiro passo é a
mudança legal", declarou.
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