São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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Consumo cai, e poupança cresce no país

DE NOVA YORK

Thomas Levinson, 63, foi demitido da importadora em que trabalhava, em Nova Jersey, cidade vizinha a Nova York, há oito meses. Recebia cerca de US$ 22 mil por ano, mais alguns benefícios.
Hoje, calcula ganhar menos de US$ 1.000 ao mês (US$ 12 mil/ano) vendendo lençóis produzidos na China. Ele retira o material em consignação na importadora que o empregava e o vende na rua, em Manhattan.
Levinson é um exemplo entre milhões de americanos que perderam o emprego, o crédito bancário e que passaram a consumir menos.
Depois de três anos de crescimento na renda das famílias até 2007, ela retrocedeu 3,6% em 2008. E pode cair mais 4% neste ano como reflexo do desemprego e do corte de horas de trabalho.
A queda na renda e o aumento na taxa de poupança dos americanos, que estão guardando cada vez mais dinheiro para se livrarem de dívidas, explicam em grande parte a baixa atividade econômica atual. Até o início de 2008, os norte-americanos guardavam apenas cerca de 1,2% da renda disponível. Hoje, poupam algo como 5%.
Mas o país mais rico do mundo também tem convivido nos últimos dois anos com um preocupante aumento no nível de pobreza.
No ano passado, a taxa oficial de pobreza subiu para 13,2% da população, ante 12,5% em 2007. Foi a alta mais significativa desde 2004, algo que deve se repetir neste ano. Um casal vivendo com menos de US$ 14 mil ao ano nos EUA é considerado pobre. (FCZ)


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