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Consumo cai, e poupança cresce no país
DE NOVA YORK
Thomas Levinson, 63, foi
demitido da importadora em
que trabalhava, em Nova
Jersey, cidade vizinha a Nova York, há oito meses. Recebia cerca de US$ 22 mil por
ano, mais alguns benefícios.
Hoje, calcula ganhar menos de US$ 1.000 ao mês
(US$ 12 mil/ano) vendendo
lençóis produzidos na China.
Ele retira o material em consignação na importadora que
o empregava e o vende na
rua, em Manhattan.
Levinson é um exemplo
entre milhões de americanos
que perderam o emprego, o
crédito bancário e que passaram a consumir menos.
Depois de três anos de
crescimento na renda das famílias até 2007, ela retrocedeu 3,6% em 2008. E pode
cair mais 4% neste ano como
reflexo do desemprego e do
corte de horas de trabalho.
A queda na renda e o aumento na taxa de poupança
dos americanos, que estão
guardando cada vez mais dinheiro para se livrarem de
dívidas, explicam em grande
parte a baixa atividade econômica atual. Até o início de
2008, os norte-americanos
guardavam apenas cerca de
1,2% da renda disponível.
Hoje, poupam algo como 5%.
Mas o país mais rico do
mundo também tem convivido nos últimos dois anos
com um preocupante aumento no nível de pobreza.
No ano passado, a taxa oficial de pobreza subiu para
13,2% da população, ante
12,5% em 2007. Foi a alta
mais significativa desde
2004, algo que deve se repetir neste ano. Um casal vivendo com menos de US$ 14
mil ao ano nos EUA é considerado pobre.
(FCZ)
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