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CRÉDITO
Juro médio para pessoa física tem menor patamar desde 95
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Com os cortes no juro básico da economia brasileira e
o aumento da oferta de crédito no mercado, a taxa média cobrada das pessoas físicas recuou para 7,43% ao
mês em outubro, menor patamar desde 1995, quando a
Anefac (Associação Nacional
dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade) iniciou a pesquisa.
De setembro para outubro, o juro médio mensal para pessoas físicas recuou
0,07 ponto. Com isso, a taxa
anual caiu para 136,32%.
Das seis modalidades de
crédito pesquisadas pela
Anefac, cinco apontaram recuos nos juros cobrados dos
consumidores e uma, estabilidade.
O destaque ficou com o
crédito direto ao consumidor dos bancos, cuja taxa recuou 0,09 ponto de setembro para outubro -de 3,29%
para 3,20% ao mês. No período, só não caiu o juro do cartão de crédito, que se manteve em 10,35% ao mês.
Os juros dos empréstimos
pessoais nos bancos baixaram de 5,53% para 5,46% ao
mês; nas financeiras, de
11,60% para 11,56% ao mês.
O economista Miguel José
Ribeiro de Oliveira, coordenador da pesquisa da Anefac,
avalia que, apesar das quedas, as taxas cobradas de pessoas físicas ainda são altas.
"O ritmo de queda do juro ao
consumidor não acompanhou os cortes da Selic."
Segundo ele, enquanto a
Selic foi reduzida em seis
pontos entre setembro de
2005 e outubro de 2006 (de
19,75% para 13,75% ao ano),
a taxa média para a pessoa física caiu somente 4,8 pontos
-de 141,12% para 136,32%.
As modalidades de crédito
que mais contribuíram com
o recuo do juro médio para o
consumidor, de acordo com
Oliveira, foram o CDC dos
bancos -principalmente financiamentos de veículos-,
e os empréstimos pessoais
dos bancos e das financeiras.
O economista atribuiu essa
queda à competição e à criação do crédito consignado.
Empresas
No caso das empresas, a taxa baixou 0,02 ponto percentual, para 4,26% ao mês, a
menor desde os 4,25% ao
mês de março de 2002.
Já nas operações de crédito para empresas, todas as
modalidades apuradas tiveram queda. A taxa anual passou para 64,97% em outubro
-65,35% em setembro.
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