São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2006

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CRÉDITO

Juro médio para pessoa física tem menor patamar desde 95

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

Com os cortes no juro básico da economia brasileira e o aumento da oferta de crédito no mercado, a taxa média cobrada das pessoas físicas recuou para 7,43% ao mês em outubro, menor patamar desde 1995, quando a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) iniciou a pesquisa.
De setembro para outubro, o juro médio mensal para pessoas físicas recuou 0,07 ponto. Com isso, a taxa anual caiu para 136,32%.
Das seis modalidades de crédito pesquisadas pela Anefac, cinco apontaram recuos nos juros cobrados dos consumidores e uma, estabilidade.
O destaque ficou com o crédito direto ao consumidor dos bancos, cuja taxa recuou 0,09 ponto de setembro para outubro -de 3,29% para 3,20% ao mês. No período, só não caiu o juro do cartão de crédito, que se manteve em 10,35% ao mês.
Os juros dos empréstimos pessoais nos bancos baixaram de 5,53% para 5,46% ao mês; nas financeiras, de 11,60% para 11,56% ao mês.
O economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, coordenador da pesquisa da Anefac, avalia que, apesar das quedas, as taxas cobradas de pessoas físicas ainda são altas. "O ritmo de queda do juro ao consumidor não acompanhou os cortes da Selic."
Segundo ele, enquanto a Selic foi reduzida em seis pontos entre setembro de 2005 e outubro de 2006 (de 19,75% para 13,75% ao ano), a taxa média para a pessoa física caiu somente 4,8 pontos -de 141,12% para 136,32%.
As modalidades de crédito que mais contribuíram com o recuo do juro médio para o consumidor, de acordo com Oliveira, foram o CDC dos bancos -principalmente financiamentos de veículos-, e os empréstimos pessoais dos bancos e das financeiras. O economista atribuiu essa queda à competição e à criação do crédito consignado.

Empresas
No caso das empresas, a taxa baixou 0,02 ponto percentual, para 4,26% ao mês, a menor desde os 4,25% ao mês de março de 2002.
Já nas operações de crédito para empresas, todas as modalidades apuradas tiveram queda. A taxa anual passou para 64,97% em outubro -65,35% em setembro.


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