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Petróleo cai ao menor valor em 17 meses em NY
Desaceleração econômica, clima ameno e estoque alto nos EUA derrubam preço
Barril chegou a ser
negociado a US$ 54,86,
antes de fechar a US$ 55,81;
queda também reflete
mudança de contrato
DA REDAÇÃO
O petróleo atingiu ontem seu
menor preço em 17 meses, ficando abaixo dos US$ 55 durante o dia, antes de subir e fechar a quase US$ 56. A preocupação com a desaceleração nos
EUA, os estoques altos de combustível e a mudança do primeiro contrato de vencimento
(de dezembro para janeiro), a
partir de segunda-feira, derrubaram o preço, dizem analistas.
O barril fechou cotado a US$
55,81 em Nova York, em queda
de 0,8% -o menor preço desde
15 de junho de 2005. Durante o
dia, o valor chegou a US$ 54,86.
O petróleo já caiu cerca de 30%
em relação aos US$ 78 atingidos há quatro meses.
Já o barril do tipo Brent, negociado em Londres, subiu
0,8% e fechou a US$ 58,99.
"Há uma preocupação crescente com o fato de que nós podemos estar caminhando para
uma recessão nos Estados Unidos", disse Rick Mueller, analista da consultoria Esai. "Essa
queda também mostra que há
um mercado bem suprido e que
o clima nos EUA está quente. E
com essas condições talvez o
mercado esteja acordando para
o fato de que os preços não deveriam estar em US$ 60."
A queda do petróleo ajudou
na alta das Bolsas dos EUA ontem, pessimistas devido a dados fracos de novas casas. A
Bolsa de Nova York subiu 0,3%
e fechou a 12.342,56 pontos.
Novo contrato
Com a entrada em vigor do
novo primeiro contrato na segunda-feira, alguns analistas
esperam que o petróleo volte
para a faixa dos US$ 58.
Outros dizem, porém, que o
clima nos EUA está reduzindo a
demanda por combustível para
calefação e que a Opep (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo) terá dificuldades
em fazer valer cortes na produção. Isso deve manter os preços
do barril mais baixos. O Serviço
Nacional do Clima dos EUA
prevê que o nordeste do país fique mais quente que o normal
de dezembro a fevereiro.
No mês passado, os países da
Opep concordaram em reduzir
sua produção de petróleo em
1,2 milhão de barris por dia a
partir de 1º de novembro, mas
investidores duvidam de que o
corte funcionará totalmente.
Com agências internacionais
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