São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2006

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Petróleo cai ao menor valor em 17 meses em NY

Desaceleração econômica, clima ameno e estoque alto nos EUA derrubam preço

Barril chegou a ser negociado a US$ 54,86, antes de fechar a US$ 55,81; queda também reflete mudança de contrato

DA REDAÇÃO

O petróleo atingiu ontem seu menor preço em 17 meses, ficando abaixo dos US$ 55 durante o dia, antes de subir e fechar a quase US$ 56. A preocupação com a desaceleração nos EUA, os estoques altos de combustível e a mudança do primeiro contrato de vencimento (de dezembro para janeiro), a partir de segunda-feira, derrubaram o preço, dizem analistas.
O barril fechou cotado a US$ 55,81 em Nova York, em queda de 0,8% -o menor preço desde 15 de junho de 2005. Durante o dia, o valor chegou a US$ 54,86. O petróleo já caiu cerca de 30% em relação aos US$ 78 atingidos há quatro meses.
Já o barril do tipo Brent, negociado em Londres, subiu 0,8% e fechou a US$ 58,99.
"Há uma preocupação crescente com o fato de que nós podemos estar caminhando para uma recessão nos Estados Unidos", disse Rick Mueller, analista da consultoria Esai. "Essa queda também mostra que há um mercado bem suprido e que o clima nos EUA está quente. E com essas condições talvez o mercado esteja acordando para o fato de que os preços não deveriam estar em US$ 60."
A queda do petróleo ajudou na alta das Bolsas dos EUA ontem, pessimistas devido a dados fracos de novas casas. A Bolsa de Nova York subiu 0,3% e fechou a 12.342,56 pontos.

Novo contrato
Com a entrada em vigor do novo primeiro contrato na segunda-feira, alguns analistas esperam que o petróleo volte para a faixa dos US$ 58.
Outros dizem, porém, que o clima nos EUA está reduzindo a demanda por combustível para calefação e que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) terá dificuldades em fazer valer cortes na produção. Isso deve manter os preços do barril mais baixos. O Serviço Nacional do Clima dos EUA prevê que o nordeste do país fique mais quente que o normal de dezembro a fevereiro.
No mês passado, os países da Opep concordaram em reduzir sua produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia a partir de 1º de novembro, mas investidores duvidam de que o corte funcionará totalmente.


Com agências internacionais


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