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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Crise de crédito faz micros correrem para cartão BNDES
A crise de crédito não fez só
as grandes empresas correrem
para o dinheiro do BNDES. As
micro e pequenas empresas
também fizeram o mesmo.
Em outubro, pela primeira
vez em cinco anos de existência, o cartão BNDES, uma espécie de cartão de crédito para
micro e pequenas empresas,
superou R$ 100 milhões em volume de transações. O total
chegou a R$ 110 milhões, 20%
mais do que em setembro.
De janeiro até sexta passada,
o volume de transações com o
cartão BNDES já alcança
R$ 736 milhões, 45% acima dos
R$ 509 milhões registrados em
todo o ano passado. A previsão
é que neste ano o desembolso
do cartão atinja R$ 830 milhões, o que significará um
crescimento de mais de 60%
em relação a 2007.
Desde que o problema da restrição ao crédito se agravou, há
dois meses, as grandes empresas brasileiras têm corrido para
os bancos públicos e, em especial, para o BNDES. Tanto que,
de janeiro a outubro, o volume
de desembolso do banco já chega a R$ 70 bilhões, 40,8% mais
do que os R$ 49,8 bilhões registrados no mesmo período do
ano passado.
A previsão do banco é que o
total neste ano supere a marca
de R$ 85 bilhões. No início do
ano, a projeção do BNDES era
de R$ 80 bilhões. No ano passado, o BNDES liberou um total
de R$ 64,9 bilhões.
Do total de transações pelo
cartão BNDES, 97% são feitas
por micro e pequenas empresas. Pelos critérios do BNDES,
as microempresas faturam até
R$ 1,2 milhão ao ano; as pequenas, de R$ 1,2 milhão a R$ 10,5
milhões; e as médias, de R$ 10,5
milhões a R$ 60 milhões. Os juros cobrados pelo cartão são
prefixados -em torno de 1,2%
ao mês- e o prazo máximo de
pagamento é de 36 meses.
As empresas usam o cartão
para comprar motos, computadores e até talheres para restaurantes. O valor máximo é de
R$ 250 mil por cartão para cada
empresa. Como o cartão possui
três bandeiras -BB, CEF e Bradesco-, cada empresa pode
gastar até R$ 750 mil.
CAPACETE
SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONTRATA 1,85% MAIS EM SETEMBRO
O setor de construção civil manteve a expansão do emprego em setembro. Segundo dados do SindusCon, 39,8 mil trabalhadores foram contratados no mês no país, uma alta de
1,85% ante agosto. Em setembro, o total de trabalhadores
com carteira assinada bateu recorde de 2,188 milhões.
DE OLHO NO VIZINHO
A empresa de pesquisas norte-americana Bare International notou um aumento de 25% na demanda por pesquisas
que permitam uma avaliação comparativa entre o serviço de
um cliente com o de seu concorrente nos últimos dois meses. "Com a crise, as empresas procuram mais por análise de
concorrência para ter vantagens competitivas", afirma Maria Cecília Perez, gerente de desenvolvimento da Bare, que
faz avaliações com base no atendimento de pesquisadores
que se passam por clientes. Segundo ela, as maiores interessadas no serviço são redes de varejo e de postos de gasolina.
LIMPEZA DA CHAMINÉ
Thomas Berger, da Sapotec Soluções Ambientais, subsidiária do grupo
alemão Zech, abre escritório em SP de olho na recuperação de áreas onde
há indústrias desativadas.
A empresa, que recentemente se uniu à construtora Tedesco, quer oferecer soluções para a adequação ambiental desses
terrenos com o foco no
lançamento de empreendimentos imobiliários.
"Hoje existem indústrias
abandonadas em São Paulo em lugares não estratégicos para o setor, mas
com terrenos valorizados.
Há a necessidade de recuperar essas áreas para outro destino", disse Berger.
DOMÉSTICO
O presidente Lula vai participar da cerimônia de criação do Sindicato Nacional
dos Empregados Domésticos, em dezembro. O projeto
partiu de um entendimento
com o ministro Carlos Luppi
(Trabalho) da necessidade
de organizar a categoria.
GARRAFA
A Brahma lança nesta semana, em SP, o Brahmão,
uma garrafa retornável de
um litro. O produto faz parte
das comemorações de 120
anos da marca. Focada no
consumo em casa, a garrafa
também será vendida no interior do Estado e no PR.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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