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Operador dá tiro no peito em pregão da BM&F
MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os indicadores de ontem
da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) mostram
um dia morno, sem sobressaltos. Mas, às 15h30, um estampido seco esvaziou o
"pit", o piso em que funciona
o pregão viva voz e fez subir a
tensão na Bolsa. Paulo Sérgio
Silva, 36, casado, corretor do
Itaú, deu um tiro no próprio
tórax, logo abaixo do coração. O pregão não foi suspenso. Silva foi prontamente
atendido e até o fechamento
desta edição se encontrava
em estado grave na Santa Casa de São Paulo.
Não se sabe como Silva entrou armado no edifício, que
tem detectores de metais.
Segundo a BM&F, "apenas as
investigações policiais poderão dizer como o operador
ingressou com a arma". Corretores, que não quiseram se
identificar, disseram que não
é praxe entre os mais antigos
passar pelos detectores.
"Pensei que pudesse ser
um tiro vindo do aquário",
disse um corretor, que não
quis dizer o nome, referindo-se ao vidro que separa o pregão dos visitantes da Bolsa.
"Aí eu o vi caído", disse.
Não se sabe a razão do disparo. Silva, segundo os colegas, estaria deprimido e teria
voltado ontem ao trabalho,
após licença médica. Ele trabalha há vários anos na
BM&F. "É uma pessoa aparentemente normal", disse
um colega. Em comunicado,
o Itaú disse que está "dando
total assistência ao funcionário e aos familiares".
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, tentou
acalmar os funcionários pelo
sistema de som 20 minutos
depois. O pregão não foi suspenso, mas o volume de negócios no pregão viva voz
(68,3 mil) foi menor que o de
sexta (84,7 mil). Silva foi levado à Santa Casa, que informou que seu estado de saúde
era "grave" e que ele seria
submetido a uma cirurgia.
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