São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

IMPORTAÇÃO MENOR
A Rússia promete reduzir em 200 mil toneladas as importações de carne suína em 2009. A redução no setor de frango é ainda maior, e atingirá 300 mil toneladas. As informações foram dadas pelo ministro da Agricultura, Alexei Gordeyev, que estará no Brasil nesta semana.

A FAVOR
Pedro de Camargo Neto, da Abipecs, diz que é sempre difícil entender a política russa nesse setor de carnes, mas que os brasileiros têm alguns fatores a favor neste momento. Um deles é o pedido de aprovação do Brasil para a entrada da Rússia na OMC (Organização Mundial do Comércio).

SEM DISCRIMINAÇÃO
Camargo Neto diz que este é um bom momento para o Brasil tentar o fim da discriminação russa com a carne brasileira. Segundo ele, EUA, Canadá e até o Paraguai têm cotas de exportações, enquanto o Brasil é classificado com "outros".

PROBLEMAS INTERNOS
Os russos têm, ainda, dois problemas internos que favorecem o Brasil no setor de carnes. "Vão conseguir produzir esse volume de carne e a que custo"?, pergunta Camargo Neto. A inflação está em alta por lá e os consumidores russos se acostumaram ao produto brasileiro, que é "bom e barato".

NOVA QUEDA
O algodão voltou a perder preço em Nova York. O primeiro contrato caiu 4,1% ontem, acumulando recuo de 35% em relação aos preços de há um ano. Em Chicago, a soja subiu 1,2%, mas o trigo caiu 3,7%.

OUTUBRO VERMELHO
As vendas de adubo e fertilizantes de outubro, que tradicionalmente superam 3 milhões de toneladas, não foram tão boas no mês passado. Não há ainda os números oficiais do setor, mas as entregas devem ter ficado bem abaixo dos 3,2 milhões de outubro de 2007.

ENTRADA MENOR
A mudança de cenário na agricultura já fez as indústrias pisarem no freio nas importações de adubos. A Secex informou ontem que os gastos médios da primeira quinzena recuaram para US$ 29 milhões por dia, 41% menos do que em outubro. Em relação a 2007, quando os preços era menores, ainda há alta de 36%.

EFEITO CÂMBIO
As receitas líquidas da Açúcar Guarani somaram R$ 292 milhões no segundo trimestre do exercício 2008/9, com alta de 27,7% em relação a igual período anterior. O efeito cambial da desvalorização do real e a amortização de ágio fizeram, no entanto, a empresa registrar prejuízo líquido de R$ 101,8 milhões no período.


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