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Investidores se atentam à inflação nos EUA e no Brasil
Índices positivos podem dar empurrão extra a mercados
DA REPORTAGEM LOCAL
A penúltima semana de 2006
chega com uma agenda de importantes eventos econômicos,
especialmente na cena externa.
Números de inflação, renda
pessoal e mercado imobiliário
norte-americanos estão entre
os mais relevantes a serem conhecidos nos próximos dias.
Apesar de as Bolsas de Valores estarem em níveis recordes
em diferentes centros financeiros do mundo, dados econômicos positivos podem dar um
empurrão extra aos mercados
mundiais.
Amanhã vai ser divulgada a
inflação ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês) de
novembro. A expectativa é que
o índice apresente elevação de
cerca de 0,5%.
Na sexta-feira passada, o CPI
(índice de inflação ao consumidor) agradou ao mercado, ao ficar estável em novembro. Analistas previam que o indicador
apontasse inflação em torno de
0,2%.
Na sexta, haverá também a
divulgação do PCE (uma medida de inflação ao consumidor
americano), que é acompanhado com atenção pelo Federal
Reserve (o banco central dos
EUA).
No Brasil, importantes prévias de índices de inflação serão
apresentadas na quarta: a Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgará os
números do IPC (Índice de
Preços ao Consumidor) da segunda quadrissemana deste
mês. Também sairá o IPCA-15
-a estimativa do mercado é
que fique em 0,35%.
"A agenda econômica da semana continuará a trazer indicadores de atividade e inflação
que têm potencial para desanuviar um pouco as expectativas
em relação à trajetória da economia americana", avalia a
Link Corretora.
"No país, a agenda também
tem alguns destaques, sendo o
principal o IPCA-15 deste mês.
Na quinta-feira, o IBGE divulga
a taxa de desemprego de novembro", diz a corretora.
Na semana passada, a decisão do Fed de manter os juros
americanos estáveis em 5,25%
anuais ficou dentro do que esperavam analistas e investidores. Assim, a repercussão no
mercado financeiro global foi
tímida.
Agora os investidores esperam novos dados para estimar
quando haverá condições de a
taxa de juros americana começar a ser reduzida.
Após o encontro, o Fed afirmou que a inflação do país ainda requer atenção.
No mercado futuro americano, as taxas dos contratos de juros apontavam na semana passada que só há cerca de 5% de
chances de os juros americanos
serem reduzidos em janeiro.
Para a reunião do Fed de março, as apostas são que há maior
possibilidade -cerca de 25%-
de os juros caírem na maior
economia do mundo.
Risco menor
Durante a semana passada, o
risco-país brasileiro alcançou
novas mínimas históricas. Na
quinta, o risco fechou a 203
pontos. Na sexta, bateu em 200
pontos durante as operações do
dia. Há uma semana, o piso para o indicador eram os 206 pontos registrados em agosto.
Quando o risco-país recua, é
sinal de que os investidores internacionais estão mais interessados em comprar títulos da
dívida brasileira. O risco é calculado pelo banco JP Morgan a
partir da oscilação de uma cesta
de papéis da dívida dos países.
Se o indicador é menor,
aponta que os investidores estão entendendo que governo e
empresas do país têm menores
chances de darem calote em
suas dívidas.
Quando o mercado foi sacudido por incertezas no período
eleitoral de 2002, o risco-país
brasileiro chegou a seu mais alto patamar, de 2.436 pontos.
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