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Chrysler vai suspender por ao menos um mês toda a produção na América do Norte
DA REDAÇÃO
A Chrysler, que disse há poucos dias que precisa de bilhões
do governo norte-americano
para continuar operando,
anunciou ontem que vai suspender por pelo menos um mês
toda a produção nas suas 29 fábricas na América do Norte.
A medida começa a partir do
final do último turno de amanhã e vai durar pelo menos até
o dia 19 de janeiro. Tradicionalmente, as montadoras americanas suspendem a sua produção por duas semanas durante
o final do ano, mas a decisão da
Chrysler reflete a grave crise
que o setor enfrenta.
De acordo com a terceira
maior montadora dos Estados
Unidos, a decisão visa adequar
os estoques da empresa à demanda dos consumidores. Ela
disse que suas concessionárias
tiveram queda de 20% a 25%
nas vendas porque os compradores não conseguem financiamento -um dos reflexos da crise que vivem os bancos.
"Devido à continuada falta de
crédito para o consumidor
americano comprador de carro
e ao dramático impacto que isso teve em todas as vendas da
indústria nos Estados Unidos, a
Chrysler anunciou que fará
ajustes significativos no calendário de produção das suas
operações industriais."
Em outra indicação da crise,
a Ford ampliou em mais uma
semana no mês que vem a paralisação em dez de suas fábricas
na América do Norte.
Ao lado da General Motors, a
Chrysler disse que está ficando
quase sem dinheiro para continuar a manter as suas operações. No início do mês, executivos da montadora pediram US$
7 bilhões para o Congresso
americano. As suas vendas em
novembro caíram 47% ante o
mesmo mês do ano passado.
As duas montadoras e a Ford
esperam ajuda do governo
americano, depois que o Senado recusou proposta de auxílio,
mas a Casa Branca disse ontem
que ainda não há novidades.
Com agências internacionais
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