FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de câmbio brasileiro refletiu ontem a decisão dos EUA, anunciada na terça, de reduzir seus juros de forma mais agressiva. O dólar encerrou as operações com queda de 1,05%, a R$ 2,347. Mas, no mês, a moeda ainda tem alta (1,38%).
O anúncio do BC, da forte saída de recursos do país, não pesou no câmbio ontem. Na mínima, o dólar bateu em R$ 2,312.
De acordo com dados do BC, até a semana passada as remessas feitas ao exterior haviam superado os ingressos em US$ 2,163 bilhões. No mesmo período de 2007, o saldo ficou positivo em US$ 4,868 bilhões.
Entre janeiro e setembro, o fluxo de divisas para o Brasil ficou positivo em US$ 17,2 bilhões. De outubro até a semana passada, porém, o saldo ficou negativo em US$ 14 bilhões.
As operações financeiras responderam pela saída de US$ 2,411 bilhões do país neste mês. Desde outubro, esse saldo é negativo em US$ 19 bilhões.
O mercado de ações não resistiu e devolveu parte da apreciação verificada no pregão anterior. A Bovespa encerrou com baixa de 0,12%. Em Wall Street, o Dow Jones caiu 1,12%.
Hoje, o mercado irá conhecer a ata da reunião do Copom da semana passada, em que a Selic foi mantida em 13,75% anuais.
No mercado futuro, as projeções para os juros têm se mantido abaixo da taxa Selic, o que indica que parte do mercado espera que, provavelmente na próxima reunião do Copom, haja redução da taxa.