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Bilbao Vizcaya quer triplicar clientes no país
da Reportagem Local
O Banco Bilbao Vizcaya tem a
meta de triplicar ou até quadruplicar sua clientela no próximo um
ano e meio. Hoje, o banco tem 300
mil clientes.
"Não podemos ir devagar por
causa da concorrência", disse Vicente Benedito, presidente do BBV
no Brasil.
Segundo Emilio Ybarra, presidente mundial do grupo, o plano
do banco se divide em duas etapas.
"O primeiro ano será dedicado à
organização interna e informatização do banco, implantação de sistemas de controle e formação de
profissionais. Abriremos poucas
agências", disse.
Toda a agressividade que o BBV
promete deverá aparecer após esse
período. "A partir de janeiro de
2000 poderemos levar adiante nosso plano de expansão, que é muito
ambicioso. Abrir em dois a três
anos cerca de mil agências, que é o
que temos aprovado pelo Banco
Central", disse Ybarra.
O executivo não descarta novas
aquisições no país, dizendo que as
oportunidades serão estudadas,
inclusive o Banespa.
"Temos consciência de que temos uma pequena cota de mercado no Brasil. Nossa filosofia é ter
uma participação maior."
Segundo ele, o BBV, na América
Latina, costuma ter 10% do mercado local. "Mas o Brasil é um país de
grandes dimensões e pensar em ter
participação de 5% já é extraordinário."
Em números exatos, o BBV tem
autorização do governo brasileiro
para abrir 975 novas agências e deve abrir entre 50 e 60 agências no
próximo ano.
Enquanto reorganiza a casa, o
banco espanhol dará preferência
aos clientes pessoa jurídica.
"No início vamos nos voltar mais
ao crédito para empresas. Dentro
de um ano atacaremos também o
crédito para consumo, o crédito
pessoal", disse.
Segundo ele, o crédito para pessoa física não será abandonado,
mas será tratado de maneira tímida. "Daremos crédito de maneira
profissional."
Vicente Benedito disse que o
banco não planeja demissões, mas
admitiu que pode haver necessidade de reciclar parte dos funcionários que não se adaptem ao banco.
Benedito informou que o BBV
ainda terá prejuízo em 98 no Brasil. "É impossível reverter o prejuízo com tudo o que o banco perdeu
no ano", disse.
De acordo com ele, desde setembro os resultados têm sido positivos. "No próximo ano poderemos
dar lucro."
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