São Paulo, sexta, 18 de dezembro de 1998

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Bilbao Vizcaya quer triplicar clientes no país

da Reportagem Local

O Banco Bilbao Vizcaya tem a meta de triplicar ou até quadruplicar sua clientela no próximo um ano e meio. Hoje, o banco tem 300 mil clientes.
"Não podemos ir devagar por causa da concorrência", disse Vicente Benedito, presidente do BBV no Brasil.
Segundo Emilio Ybarra, presidente mundial do grupo, o plano do banco se divide em duas etapas.
"O primeiro ano será dedicado à organização interna e informatização do banco, implantação de sistemas de controle e formação de profissionais. Abriremos poucas agências", disse.
Toda a agressividade que o BBV promete deverá aparecer após esse período. "A partir de janeiro de 2000 poderemos levar adiante nosso plano de expansão, que é muito ambicioso. Abrir em dois a três anos cerca de mil agências, que é o que temos aprovado pelo Banco Central", disse Ybarra.
O executivo não descarta novas aquisições no país, dizendo que as oportunidades serão estudadas, inclusive o Banespa.
"Temos consciência de que temos uma pequena cota de mercado no Brasil. Nossa filosofia é ter uma participação maior."
Segundo ele, o BBV, na América Latina, costuma ter 10% do mercado local. "Mas o Brasil é um país de grandes dimensões e pensar em ter participação de 5% já é extraordinário."
Em números exatos, o BBV tem autorização do governo brasileiro para abrir 975 novas agências e deve abrir entre 50 e 60 agências no próximo ano.
Enquanto reorganiza a casa, o banco espanhol dará preferência aos clientes pessoa jurídica.
"No início vamos nos voltar mais ao crédito para empresas. Dentro de um ano atacaremos também o crédito para consumo, o crédito pessoal", disse.
Segundo ele, o crédito para pessoa física não será abandonado, mas será tratado de maneira tímida. "Daremos crédito de maneira profissional."
Vicente Benedito disse que o banco não planeja demissões, mas admitiu que pode haver necessidade de reciclar parte dos funcionários que não se adaptem ao banco.
Benedito informou que o BBV ainda terá prejuízo em 98 no Brasil. "É impossível reverter o prejuízo com tudo o que o banco perdeu no ano", disse.
De acordo com ele, desde setembro os resultados têm sido positivos. "No próximo ano poderemos dar lucro."



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