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análise
Procura por emergentes pode criar bolha
DA REUTERS
Empresas estão tentando
escapar da crise de crédito e
da desaceleração econômica
na Europa e na América do
Norte buscando crescimento
através de aquisições em
mercados emergentes, mas
elas podem estar entrando
no que pode se revelar a próxima bolha.
Bancos de investimentos
querem manter o mundo
corporativo engajado em fusões e aquisições em países
em desenvolvimento, como
forma de garantir crescimento das receitas e também como mecanismo de
proteção contra um revés
econômico nos seus mercados domésticos.
Mas o aumento do preço
das companhias, em alguns
casos com valor maior do
que as empresas de mercados maduros, tem ampliado
o temor de que o mercado
possa estar superaquecido.
"Podemos estar vendo o
começo de uma bolha nos
mercados emergentes", disse Ludovic de Montille, presidente-executivo da unidade britânica do banco francês BNP Paribas.
"Existe uma competição
por ativos e também algumas
avaliações que alcançaram
níveis que levam em conta a
continuidade do crescimento, e os mercados emergentes são atualmente cíclicos."
Empresas estão investindo em economias como China e Índia, bem como na Europa Oriental e na Turquia,
em busca de expansão acelerada nesses mercados.
Normalmente, esses acordos avaliam os ativos com
base nas perspectivas futuras de fluxo de caixa -e alguns banqueiros estão preocupados com o fato de algumas análises ignorarem riscos geopolíticos e a possibilidade de uma recessão.
De qualquer forma, a intensa competição por negócios nos países emergentes
está levando a nível recorde
de preços de ativos, particularmente no setor bancário.
Os bancos europeus costumam ser avaliados em acordos de fusões e aquisições em
cerca de uma vez e meia seu
valor contábil. Mas instituições financeiras de países como Polônia, Turquia e Ucrânia têm sido vendidas por
um preço cerca de três a quatro vezes seu valor contábil.
Uma explicação para a diferença é o espaço para crescimento nesses países. Ao
mesmo tempo, essas perspectivas de expansão atraem
mais potenciais compradores e empurram preços dos
ativos ainda mais para cima.
Leilões de bancos na Turquia e na Europa Oriental
atraem com freqüência instituições financeiras globais. O
leilão do banco turco Denizbank em 2006, por exemplo,
despertou interesse de pesos-pesados como Citigroup,
Intesa, Société Generale e
BNP . Acabou vendido ao
belgo-francês Dexia, que pagou quase quatro vezes o valor contábil da instituição.
Aliado a isso, o número de
oportunidades de fusões e
aquisições em países desenvolvidos encolheu, e mais e
mais empresas olham para
mercados emergentes.
"Se o valor dos ativos em
mercados emergentes subir
demais -outros 20% ou
30%- sem uma mudança
nos fundamentos macroeconômicos, eles estarão superestimados", disse um executivo de "private equity".
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