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Decisão sobre usina no São Francisco é do Congresso, diz estatal
Eletronuclear diz que margens do rio "certamente" são opção para obra, conforme a Folha publicou
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
As margens do rio São Francisco serão, "certamente", uma
das cinco opções a serem apresentadas pela Eletronuclear
para a construção de duas usinas nucleares no Nordeste, disse o assessor da presidência da
Eletronuclear, Leonam Guimarães.
Segundo ele, porém, a decisão caberá ao Congresso, que
terá a prerrogativa de decidir
em que lugar será construída a
central nuclear, que, até 2030,
poderá receber mais quatro
usinas.
Reportagem da Folha publicada na sexta passada revelou
que a região é a preferida dos
técnicos da Eletronuclear, que
levarão um relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Oficialmente, Guimarães nega que uma escolha tenha ocorrido, mas defende a implantação na região.
Segundo o assessor, a definição das regiões compreende a
região entre Pernambuco e Bahia. Na primeira etapa, prestes
a ser concluída, são excluídas
regiões que apresentem impedimentos geográficos e geofísicos, como a presença de aglomerações populacionais e reservatórios subterrâneos de
água.
"O solo lá [no São Francisco]
é rochoso, perfeito para uma
central nuclear", diz. Até o fim
do ano, serão definidas cinco finalistas, que, segundo Guimarães, serão levadas ao Congresso. Questionado se se pode esperar que o São Francisco seja
uma das finalistas, ele disse
"certamente".
As usinas deverão ficar prontas até 2021 e terão capacidade
de produzir, cada, 1.000 MW.
Angra 3 terá 1.400 MW. A capacidade de geração de energia
elétrica do país é, hoje, de 106
mil MW. Outra central nuclear
deverá ser construída no Sudeste, também iniciando com
duas usinas. Essas usinas deverão entrar em operação em
2023 e 2025.
Ministério Público
Guimarães disse acreditar
que até fevereiro as obras de
Angra 3 sejam iniciadas. O início dessas obras dependia de
uma autorização do CNEN
(Conselho Nacional de Energia
Nuclear).
O órgão, porém, interrompeu o licenciamento, segundo
Guimarães, porque a obra vem
sendo questionada pelo Ministério Público Federal. Os procuradores pedem à Justiça a
suspensão do licenciamento
concedido para a obra porque
entendem que ele foi concedido sem terem sido avaliados os
requisitos de segurança.
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