DA FOLHA ONLINE

O mercado financeiro recebeu com reserva e sem entusiasmo as indicações para três diretorias do Banco Central. Mais do que os nomes escolhidos, espantou o fato de o anúncio ter sido feito durante a reunião do Copom, da qual os diretores participam e devem definir novo aumento de juros.
A única unanimidade é a saída de Tereza Grossi da Diretoria de Fiscalização do BC. "Na Diretoria de Fiscalização, o destaque não é quem entra, mas quem sai. Grossi era uma fonte de ruído político, e, por esse lado, sua saída é positiva para o mercado", diz o economista Roberto Padovani, da Tendências Consultoria Integrada.
A surpresa ficou por conta da indicação de Luiz Augusto Candiota para substituir Luiz Fernando Figueiredo na Diretoria de Política Monetária, o cargo mais influente do BC no mercado financeiro, após o presidente. Padovani definiu a escolha como "o nome certo", mas outros consideraram o nome "inexpressivo".
Não havia expectativa de que o anúncio ocorresse durante a reunião do Copom, especialmente no momento em que os diretores destituídos discutem um provável aumento da taxa básica de juros da economia.


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