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MERCADO FINANCEIRO
Expectativa de adiamento da guerra e ações baratas impulsionam Bolsa de SP, que sobe 2,55%
Dólar cai para R$ 3,59 com oferta maior
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta das Bolsas de Valores internacionais e o aumento da oferta de dólares no mercado à vista
fizeram a moeda dos EUA cair pelo terceiro dia consecutivo. O dólar fechou ontem cotado a R$ 3,59
-desvalorização de 0,91% em relação ao fechamento anterior.
O C-Bond, principal título da
dívida externa brasileira, também
foi influenciado pelo otimismo
externo e fechou em alta de 1,62%.
O risco-país, medido pelo JP
Morgan, caiu 2,31% e foi para
1.307 pontos.
Mas o melhor desempenho do
dia foi observado na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa subiu 2,55%.
A expectativa dos investidores
do adiamento de um ataque contra o Iraque colaborou para a recuperação dos mercados financeiros em todo o mundo.
Adicionalmente, o aumento da
oferta de dólares pelos bancos,
devido à decisão do Banco Central de que o pagamento do crédito destinado às linhas de exportação deve ser feito em reais, também contribuiu para um aumento da oferta da moeda dos Estados
Unidos.
Além disso, a queda acumulada
de 7,2% do Ibovespa desde o início do ano torna baratas algumas
ações em relação a papéis similares nas Bolsas estrangeiras. Essa é
uma das explicações para que o
saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa esteja positivo
desde outubro, após o preço da
maioria dos papéis ter passado
por uma forte queda.
Porém analistas alertam para o
fato de que esse movimento contém um forte componente especulativo, com investidores que
buscam oportunidades de ganhos
no curtíssimo prazo.
As maior alta do dia foi a ação
ON da Cemig, que subiu 7,3%, e a
maior baixa foi a PNA da Vale do
Rio Doce, que caiu 1,6%.
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os títulos DI fecharam praticamente estáveis, à
espera do resultado da reunião do
Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que
decide hoje se haverá ou não alteração na taxa básica de juros.
Os contratos com vencimento
em abril subiram de 26,8% para
26,82%, enquanto os mais negociados, com vencimento em julho, caíram de 28,11% para
27,95% ao ano.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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