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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Expectativa de adiamento da guerra e ações baratas impulsionam Bolsa de SP, que sobe 2,55%

Dólar cai para R$ 3,59 com oferta maior

DA REPORTAGEM LOCAL

A alta das Bolsas de Valores internacionais e o aumento da oferta de dólares no mercado à vista fizeram a moeda dos EUA cair pelo terceiro dia consecutivo. O dólar fechou ontem cotado a R$ 3,59 -desvalorização de 0,91% em relação ao fechamento anterior.
O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, também foi influenciado pelo otimismo externo e fechou em alta de 1,62%. O risco-país, medido pelo JP Morgan, caiu 2,31% e foi para 1.307 pontos.
Mas o melhor desempenho do dia foi observado na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa subiu 2,55%.
A expectativa dos investidores do adiamento de um ataque contra o Iraque colaborou para a recuperação dos mercados financeiros em todo o mundo.
Adicionalmente, o aumento da oferta de dólares pelos bancos, devido à decisão do Banco Central de que o pagamento do crédito destinado às linhas de exportação deve ser feito em reais, também contribuiu para um aumento da oferta da moeda dos Estados Unidos.
Além disso, a queda acumulada de 7,2% do Ibovespa desde o início do ano torna baratas algumas ações em relação a papéis similares nas Bolsas estrangeiras. Essa é uma das explicações para que o saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa esteja positivo desde outubro, após o preço da maioria dos papéis ter passado por uma forte queda.
Porém analistas alertam para o fato de que esse movimento contém um forte componente especulativo, com investidores que buscam oportunidades de ganhos no curtíssimo prazo.
As maior alta do dia foi a ação ON da Cemig, que subiu 7,3%, e a maior baixa foi a PNA da Vale do Rio Doce, que caiu 1,6%.

Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os títulos DI fecharam praticamente estáveis, à espera do resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que decide hoje se haverá ou não alteração na taxa básica de juros.
Os contratos com vencimento em abril subiram de 26,8% para 26,82%, enquanto os mais negociados, com vencimento em julho, caíram de 28,11% para 27,95% ao ano.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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