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Governo ainda não definiu o uso do FGTS
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo ainda não definiu se será permitido
usar recursos do FGTS
(Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) na
compra das novas ações da
Petrobras. Os trabalhadores que compraram os papéis da estatal em 2000
com o dinheiro preso no
fundo de garantia terão direito de preferência para
manter suas participações
acionárias na estatal.
O FGTS tem hoje 2%
das ações da Petrobras, o
que deve levar a um aporte
de quase de R$ 3 bilhões
dos trabalhadores.
Se não puder utilizar o
dinheiro do fundo, o trabalhador que for acionista
da Petrobras poderá comprar os papéis com dinheiro próprio, desde que respeitando a sua participação atual na empresa.
Quem não quiser exercer esse direito poderá
vendê-lo para outra pessoa ou mesmo para o banco que administra o fundo
FGTS-Petrobras.
O uso do FGTS para a
compra das novas ações da
Petrobras divide o governo. Alguns integrantes, incluindo os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e
Edison Lobão (Minas e
Energia), sinalizaram publicamente que o governo
não permitirá o uso do
fundo na capitalização da
Petrobras.
Entidades do mercado,
como a Amec (associação
dos acionistas minoritários), defendem que o trabalhador possa utilizar o
FGTS para manter sua
participação na empresa.
Um dos argumentos é que
o próprio governo não colocará dinheiro no aumento de capital da empresa,
sendo privilegiado por entrar na operação por meio
da cessão de títulos da dívida pública.
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