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Câmara deverá votar projeto no início de março
LEILA COIMBRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para agilizar a votação dos
projetos que tratam do marco regulatório do pré-sal na
Câmara, a base governista
acertou com a oposição a inversão da pauta. Nos dias 23
e 24 de fevereiro será apreciado o menos polêmico dos
três projetos: o que cria o
fundo social. Na semana seguinte, nos dias 2 e 3 de março, será a vez do projeto de
capitalização da Petrobras.
O mais polêmico, o que
institui o regime de partilha
e distribuição dos royalties
oriundos da exploração do
petróleo, deve ir a plenário só
no dia 10 de março.
Até agora, apenas um dos
quatro projetos do pré-sal foi
aprovado na Câmara: o que
cria a estatal que gerenciará
os contratos de exploração e
distribuição de petróleo e gás
da camada do pré-sal. A votação da emenda do texto da
partilha sofreu obstrução e
foi adiada no fim de 2009 devido à disputa entre Estados
produtores e não produtores
pelos royalties do petróleo.
Uma emenda prevê que todos os recursos obtidos com
a cobrança de royalties e participação especial sejam divididos igualmente entre municípios e Estados, o que favorece os não produtores e
prejudica diretamente Rio,
São Paulo e Espírito Santo.
O projeto de capitalização
da Petrobras também é alvo
de algumas críticas da oposição, principalmente em relação ao uso do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de
Serviço) na operação.
Pelo texto atual, os trabalhadores que usaram, em
2000, parte do dinheiro do
FGTS para comprar cotas de
um fundo de investimento
em ações da estatal não poderão acompanhar a capitalização da Petrobras com dinheiro do FGTS.
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