São Paulo, sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010 |
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foco Demitido há um ano, funcionário da Embraer ainda sobrevive de bicos
FÁBIO AMATO DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Desde que foi demitido pela Embraer, há um ano, Sidnei Alves Leite, 32, ganha a vida limpando piscinas de casas e prédios em São José dos Campos (91 km de São Paulo). Os bicos são, até agora, a única fonte de renda do rapaz, que, durante dois anos, ajudou a montar as asas dos aviões fabricados por uma das maiores empresas aeronáuticas do mundo. "Com a minha demissão, a família teve que se adaptar para poder poupar dinheiro. Graças a Deus, não faltou comida em casa. Mas tivemos que abrir mão de algumas coisas, como viajar", contou ele na tarde de anteontem, sentado no sofá de sua casa, à espera de um telefonema que pudesse lhe trazer notícia de um novo trabalho. Há exato um ano, a Embraer anunciou a demissão em massa de 20% dos seus funcionários. De uma só vez, cerca de 4.200 pessoas perderam o emprego na empresa, que apontou os efeitos da crise sobre o setor aeronáutico como justificativa. Leite estava na lista dos demitidos. Ele conta que lá ganhava R$ 1.400 mensais. Hoje, os serviços eventuais na limpeza de piscinas, além de bicos como motoboy e na manutenção de prédios, lhe rendem até R$ 700 por mês. Ele diz que o emprego na Embraer foi o melhor que já teve. E que sonha poder voltar no futuro à empresa. Texto Anterior: Setor aeronáutico só espera recuperação em meados de 2011 Próximo Texto: Comércio exterior: Governo quer aumentar tarifa de importação do trigo Índice |
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