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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe mais 2,54% com volume de R$ 730 mi; dólar fecha estável, e risco-país cai mais 2,44%

Bovespa acumula alta de 8,4% em março

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia seguinte ao ultimato de George W. Bush ao ditador iraquiano Saddam Hussein, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de muitos negócios e volatilidade. Os indicadores fecharam estáveis ou positivos e os investidores consideraram a movimentação normal para um período de guerra iminente.
O dólar fechou com alta de 0,05%, cotado a R$ 3,445. O risco-país caiu mais 2,44% e fechou aos 1.041 pontos, o mesmo patamar de junho do ano passado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo o volume total transacionado foi de R$ 730 milhões, e o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 2,54%. Em março o índice acumula alta de 8,4%. No ano, a perda acumulada caiu para 1,05%.
De acordo com operadores, o mercado cambial também teve um volume de negócios maior do que o das últimas semanas. A procura por dólares por parte de empresas com dívidas e compromissos atrelados à moeda estrangeira aumenta cada vez que a cotação se aproxima de R$ 3,40. Ontem o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,408 e, em seguida, passou a subir até o encerramento das negociações.
Pelo menos por enquanto, os investidores têm encarado com otimismo os efeitos do conflito internacional no Brasil. O banco norte-americano Merrill Lynch, por exemplo, acredita que o país possa ser uma boa oportunidade de investimentos no curto prazo. Já o Santander fez uma realocação na sua carteira de investimentos e passou a recomendar ativos mais relacionados ao mercado interno, como telecomunicações, em detrimento das ações de exportadoras, como Vale do Rio Doce e Gerdau, que se beneficiam especialmente da alta do dólar.

Juros
Na véspera do final da reunião do Copom (Conselho de Política Monetária do Banco Central) os juros caíram na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), em um sinal de que a maior parte dos investidores acredita na manutenção da taxa básica em 26,5% ao ano.
Os contratos DI (que consideram os juros praticados entre bancos) com vencimento em junho, os mais negociados do dia, passaram de 26,93% para 26,65%, queda de 1% em relação ao fechamento da segunda-feira.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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