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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe mais 2,54% com volume de R$ 730 mi; dólar fecha estável, e risco-país cai mais 2,44%
Bovespa acumula alta de 8,4% em março
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia seguinte ao ultimato de
George W. Bush ao ditador iraquiano Saddam Hussein, o mercado financeiro brasileiro teve um
dia de muitos negócios e volatilidade. Os indicadores fecharam
estáveis ou positivos e os investidores consideraram a movimentação normal para um período de
guerra iminente.
O dólar fechou com alta de
0,05%, cotado a R$ 3,445. O risco-país caiu mais 2,44% e fechou aos
1.041 pontos, o mesmo patamar
de junho do ano passado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo o volume total transacionado
foi de R$ 730 milhões, e o Ibovespa encerrou o pregão com alta de
2,54%. Em março o índice acumula alta de 8,4%. No ano, a perda acumulada caiu para 1,05%.
De acordo com operadores, o
mercado cambial também teve
um volume de negócios maior do
que o das últimas semanas. A procura por dólares por parte de empresas com dívidas e compromissos atrelados à moeda estrangeira
aumenta cada vez que a cotação
se aproxima de R$ 3,40. Ontem o
dólar chegou a ser vendido a R$
3,408 e, em seguida, passou a subir até o encerramento das negociações.
Pelo menos por enquanto, os
investidores têm encarado com
otimismo os efeitos do conflito
internacional no Brasil. O banco
norte-americano Merrill Lynch,
por exemplo, acredita que o país
possa ser uma boa oportunidade
de investimentos no curto prazo.
Já o Santander fez uma realocação
na sua carteira de investimentos e
passou a recomendar ativos mais
relacionados ao mercado interno,
como telecomunicações, em detrimento das ações de exportadoras, como Vale do Rio Doce e Gerdau, que se beneficiam especialmente da alta do dólar.
Juros
Na véspera do final da reunião
do Copom (Conselho de Política
Monetária do Banco Central) os
juros caíram na BM&F (Bolsa de
Mercadorias e Futuros), em um
sinal de que a maior parte dos investidores acredita na manutenção da taxa básica em 26,5% ao
ano.
Os contratos DI (que consideram os juros praticados entre
bancos) com vencimento em junho, os mais negociados do dia,
passaram de 26,93% para 26,65%,
queda de 1% em relação ao fechamento da segunda-feira.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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