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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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BANCOS

Resultado, de R$ 1,63 bi, foi o quinto maior do setor bancário em 2002

Lucro do Citibank cresceu 170,3%

DA REPORTAGEM LOCAL

O Citibank conseguiu um lucro líquido de R$ 1,63 bilhão em suas operações no Brasil no ano passado. O resultado foi 170,3% superior ao registrado em 2001. Dentre as maiores instituições financeiras que operam no país, o lucro obtido pelo Citibank foi o quinto maior. Quem apresentou o maior lucro líquido em 2002 foi o Banespa: R$ 2,8 bilhões.
Os ativos totais da instituição apresentaram um significativo crescimento no ano passado -27% em relação a 2001-, alcançando os R$ 28,25 bilhões.
A rentabilidade do Citibank foi destaque no resultado do ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido da instituição chegou a 44,2%.
Para o presidente do banco, Gustavo Marín, os ganhos com a valorização do dólar diante do real tiveram participação significativa no crescimento do lucro e na rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco em 2002.
"Ganhamos bem em todos os nossos negócios, mas a variação cambial teve um comportamento importante, principalmente o mercado local", afirmou o presidente do banco. Segundo ele, do lucro registrado no ano passado, cerca de R$ 600 milhões são referentes aos ganhos com a variação cambial.

Ganho em alta
Não foi apenas a rentabilidade do Citibank que cresceu muito. A rentabilidade do setor bancário em 2002 foi recorde. Estudo recente realizado pela consultoria Austin Asis, feito a partir do balanço de 19 bancos, mostra que a rentabilidade média em 2002 ficou em torno de 24,5%. Em 2001, a rentabilidade média tinha sido de 19,1%.
Na avaliação de Marín, quando forem eliminadas as incertezas em torno da guerra entre os Estados Unidos e Iraque, a tendência é que diminua a aversão ao risco nos mercados, principalmente em relação ao Brasil.
"Uma vez eliminadas as incertezas sobre a guerra poderá haver um movimento favorável. Já dará para o investidor diversificar. E o Brasil é o primeiro da fila, porque os títulos do país, como os C-Bonds, estão baratos", disse ele.
O executivo, porém, evitou falar na possibilidade de a guerra ser longa. "Sempre trabalhamos com o cenário mais provável", disse ele, que espera que o conflito, acontecendo, seja rápido. "Em 88 anos que estamos no Brasil ocorreu muita coisa pior do que a guerra", disse Marín.


Colaborou Ivone Portes, da Folha Online


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