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Venda de carro se mantém aquecida e sobe 5,3% na 1ª quinzena do mês
Para Fenabrave, sem anúncio oficial de prorrogação do IPI, compra é antecipada
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ainda sem o anúncio oficial
do governo sobre a prorrogação
do IPI reduzido, o mercado de
carros se mantém aquecido.
Na primeira quinzena de
março, foram vendidos 118.414
automóveis e comerciais leves,
volume 5,31% superior ao registrado no mesmo período de
2008. Na comparação com os
primeiros 15 dias de fevereiro,
os emplacamentos tiveram alta
de 8,33%, de acordo com dados
da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
O resultado, segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, deve-se justamente à falta
de uma sinalização clara sobre
a situação do mercado após o
dia 31, fim do prazo do corte do
IPI, benefício que barateou os
carros em até 7%. A Folha apurou que o governo pretende estender a isenção até 30 de junho, mas só vai fazer o anúncio
no final do mês.
"Claramente, o que aconteceu foi uma antecipação da
compra. O consumidor não sabe ainda o que vai acontecer. E,
caso o IPI volte ao nível anterior, o preço do carro subirá."
De acordo com o presidente
da Fenabrave, sem a prorrogação do IPI, as vendas podem
sofrer um tombo de mais de
30% já em abril.
"Isso porque o consumidor,
ao se deparar com preços mais
elevados, resolve adiar a decisão de compra", diz Reze.
O setor de caminhões e ônibus passou por uma recuperação parcial. Houve aumento de
9,6% nas vendas em março em
relação a fevereiro. Porém, na
comparação com março de
2008, o segmento registrou
queda de 11,74%.
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