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Siderurgia para fornos e acena com dispensas
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A fraca demanda por aço
nos mercados interno e externo levou à paralisação de
alto-fornos no país. Depois
de demissões pontuais, a
queda brutal da produção,
sem ainda nenhuma perspectiva de retomada, já indica um novo ciclo de dispensas em massa no setor.
A produção de aço bruto e
laminado entre janeiro e fevereiro caiu mais de 40% na
comparação com o mesmo
período do ano passado, revela o mais recente balanço
do IBS (Instituto Brasileiro
de Siderurgia). As exportações também registram quedas superiores a 40% entre
os meses de fevereiro deste
ano e do ano passado.
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) vai interromper a produção do alto-forno 2 em Volta Redonda
(RJ) a partir do próximo domingo. A unidade é responsável pela produção de 40%
de todo o aço bruto da companhia. A previsão da CSN,
no entanto, é manter a unidade parada por 49 dias. A
razão para a parada, alega da
empresa, é técnica e estava
programada para o ano passado, mas foi suspensa devido à demanda.
A Usiminas admite que a
crise requer novo comportamento. Os investimentos de
US$ 14 bilhões, previstos para até 2014, serão revistos,
principalmente a construção
de uma nova usina de placas
de aço para exportação de 5
milhões de toneladas. "O
projeto de Santana do Paraíso (MG) está sendo revisto
como um todo", disse Marco
Antônio Castello Branco,
presidente da Usiminas.
Ontem, durante o lançamento da nova marca corporativa, a Usiminas anunciou
ainda que não há mais previsão de religamento de 3 dos 5
alto-fornos desligados em
decorrência da queda da demanda.
Segundo Castello Branco,
as 700 demissões ocorridas
até o fim de fevereiro ainda
não são suficientes para adequar o quadro ao novo patamar de produção, hoje em
50% da capacidade total. A
companhia tem 29,7 mil funcionários.
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