São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

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PECUÁRIA

Possível foco é investigado no município de Japorã; secretária de Agricultura nega que tenha recebido confirmação

Ministério apura suspeita de aftosa em MS

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA

O Ministério da Agricultura investiga um novo caso de suspeita de febre aftosa em Japorã (MS). Amostras colhidas no local já foram enviadas para análise.
Membros da Secretaria de Defesa Animal do ministério estavam reunidos no início da noite de ontem discutindo o assunto. Japorã é um dos cinco municípios de Mato Grosso do Sul atingidos pela febre aftosa em 2005.
Desde que foi divulgado o primeiro caso de aftosa, 56 países adotaram restrições a produtos brasileiros e até hoje nenhum retirou totalmente o embargo.
A Rússia, principal comprador individual de carne bovina e suína do Brasil, negociava o fim das restrições inclusive para o MS.
Se for confirmada, a doença ressurge sem que o Estado tenha encerrado todos os estágios para recuperar seu status de "livre de febre aftosa com vacinação".
Isso pode acontecer em até seis meses se forem sacrificados todos os animais da área do foco, mas no Mato Grosso do Sul houve um grande atraso por causa de uma disputa judicial de um produtor. O ministério também travou uma disputa com o governo do Paraná para confirmar focos no Estado.
Com a ocorrência da aftosa, o governo anunciou liberação de R$ 33 milhões, dos quais R$ 20 milhões para indenização de animais sacrificados e R$ 6 milhões para famílias que perderam renda, principalmente criadoras de gado leiteiro.
Mesmo com a febre aftosa, o Brasil, maior exportador de carne bovina, registrou no ano passado recorde na venda do produto, com receita de US$ 3,25 bilhões.
A secretária da Agricultura de Japorã (486 km de Campo Grande), Arlene Franco Cavalcante, disse ontem que não recebeu confirmação do Ministério da Agricultura de novo foco no município. Há 15 dias começou em Japorã a coleta de sangue de uma amostra do rebanho para verificar se existem ainda animais infectados com o vírus da doença.
Segundo a secretária, a análise dos animais faz parte do processo de liberação da área após o surto.
"Conversei hoje [ontem] com o delegado do Ministério da Agricultura no Estado e fui informada que, entre os 134 exames que já tiveram resultados, nenhum deu positivo", disse Cavalcante.


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