|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PECUÁRIA
Possível foco é investigado no município de Japorã; secretária de Agricultura nega que tenha recebido confirmação
Ministério apura suspeita de aftosa em MS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério da Agricultura investiga um novo caso de suspeita
de febre aftosa em Japorã (MS).
Amostras colhidas no local já foram enviadas para análise.
Membros da Secretaria de Defesa Animal do ministério estavam
reunidos no início da noite de ontem discutindo o assunto. Japorã
é um dos cinco municípios de
Mato Grosso do Sul atingidos pela
febre aftosa em 2005.
Desde que foi divulgado o primeiro caso de aftosa, 56 países
adotaram restrições a produtos
brasileiros e até hoje nenhum retirou totalmente o embargo.
A Rússia, principal comprador
individual de carne bovina e suína
do Brasil, negociava o fim das restrições inclusive para o MS.
Se for confirmada, a doença ressurge sem que o Estado tenha encerrado todos os estágios para recuperar seu status de "livre de febre aftosa com vacinação".
Isso pode acontecer em até seis
meses se forem sacrificados todos
os animais da área do foco, mas
no Mato Grosso do Sul houve um
grande atraso por causa de uma
disputa judicial de um produtor.
O ministério também travou uma
disputa com o governo do Paraná
para confirmar focos no Estado.
Com a ocorrência da aftosa, o
governo anunciou liberação de
R$ 33 milhões, dos quais R$ 20
milhões para indenização de animais sacrificados e R$ 6 milhões
para famílias que perderam renda, principalmente criadoras de
gado leiteiro.
Mesmo com a febre aftosa, o
Brasil, maior exportador de carne
bovina, registrou no ano passado
recorde na venda do produto,
com receita de US$ 3,25 bilhões.
A secretária da Agricultura de
Japorã (486 km de Campo Grande), Arlene Franco Cavalcante,
disse ontem que não recebeu confirmação do Ministério da Agricultura de novo foco no município. Há 15 dias começou em Japorã a coleta de sangue de uma
amostra do rebanho para verificar se existem ainda animais infectados com o vírus da doença.
Segundo a secretária, a análise
dos animais faz parte do processo
de liberação da área após o surto.
"Conversei hoje [ontem] com o
delegado do Ministério da Agricultura no Estado e fui informada
que, entre os 134 exames que já tiveram resultados, nenhum deu
positivo", disse Cavalcante.
Texto Anterior: Mercado financeiro: Cenário externo leva euforia à Bolsa de SP Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|