DA REDAÇÃO

Dois dias depois de as autoridades norte-americanas acusarem o banco Goldman Sachs de fraude, as pressões agora surgem da Alemanha e do Reino Unido. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse ontem que vai pedir para que os órgãos regulatórios investiguem o caso, e o governo alemão também pediu detalhes sobre as acusações.
Ao afirmar que pediu às autoridades que analisem o caso, o líder britânico disse que estava "chocado" com a "falência moral" indicada nas acusações contra o maior banco de investimento norte-americano.
Os governos alemão e britânico tiveram que resgatar bancos que perderam dinheiro com o investimento negociado pelo Goldman.
O Goldman Sachs foi acusado pelas autoridades norte-americanas de fraude envolvendo a venda de títulos relacionados com as hipotecas "subprime" (de alto risco) que provocaram a perda de ao menos US$ 1 bilhão aos investidores. O banco não informou a esses investidores que um fundo de hedge, o Paulson, teve papel primordial na escolha de títulos de hipotecas que integravam a aplicação que compraram. O fundo apostou na perda de valor desses papéis.
O Goldman Sachs alega que não sabia se as aplicações iriam subir ou não.