São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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OUTRO LADO

Presidente do Simpi diz ter pedido punição para núcleos fraudadores

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Simpi, Joseph Couri, procurou o TST para pedir punição aos núcleos de conciliação que fraudam os trabalhadores. "Existem lugares que têm fraudes? Sim, é verdade. Mas a generalização é perigosa. É preciso separar o joio do trigo. Nos nossos núcleos não são cobradas comissões por acordo, não há fraudes nem ocorrem homologações. A taxa fixa, por conciliação, é de R$ 150, cobrada da empresa."
Ele nega que os núcleos estejam atuando como empresas da iniciativa privada, como denuncia relatório da Assembléia Legislativa encaminhado à Procuradoria.
No documento, feito a partir de audiência pública, consta que "em uma comissão, ligada ao Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), afirmou-se ter efetuado 92 mil conciliações. Se de todas for cobrado R$ 151 por conciliação, dá uma receita de R$ 13,8 milhões".
"Fizeram uma ata mentirosa. Nessa audiência, pedi oportunidade para falar e negaram. Foi dentro da OAB. Em 2001, fizemos 12.591 conciliações. Temos 160 núcleos em parceria com a Força Sindical. Dá uma média de 6,5 conciliações por núcleo. Vamos montar outras 64 em outras regiões. Também vamos fazer parceria com a CUT", diz.
Segundo ele, a Força e o Simpi montaram uma empresa privada -o Tribunal Arbitral Brasileiro- para recolher as taxas dos núcleos. "Esse nome será mudado em 30 dias. A palavra tribunal está inadequada. Vai mudar para Núcleo de Conciliação Prévia."


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