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A GAFE
Assessor critica governo em um microfone aberto
DO ENVIADO AO RIO
O cancelamento, na última
hora, da participação de quatro
representantes do governo acabou por afetar o primeiro dia
de debates do 16º Fórum Nacional e gerou um comentário
indiscreto de um assessor direto do ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento).
O programa original previa
que a sessão de ontem fosse
aberta pelo ministro Antonio
Palocci (Fazenda). Também
deveriam falar pela manhã o
senador Aloizio Mercadante
(PT-SP), líder do governo no
Senado, e o secretário de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, Marcos Lisboa, além
do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
Carlos Lessa. Nenhum foi.
Sem notar que seu microfone
estava ligado e com o som
aberto, o secretário-executivo
do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Fortes, comentou: "Esse governo não dá pé.
Um diz: eu não vou. O Fulano
vai no meu lugar". E o Fulano
também não vem", em referência indireta a Palocci e a Lisboa.
Diante da ausência de Palocci
(cuja assessoria confirmara na
véspera que ele não poderia
comparecer) e de Lisboa, coube ao secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, José Tavares, que comparecera como espectador, fazer uma apresentação de improviso.
Tavares acabou por defender
o governo diante da cobrança
feita por Affonso Celso Pastore,
ex-presidente do BC, para que
fossem aprofundadas as reformas microeconômicas.
Segundo o organizador do
Fórum, o ex-ministro João
Paulo dos Reis Velloso, Palocci
foi convocado para sessão no
Senado. Mercadante informara
que também não poderia comparecer porque participara de
debates no Senado que se prolongaram até o início da madrugada de ontem.
Lessa, que havia pedido para
comparecer ontem, foi acometido de uma virose, segundo
sua assessoria. Por fim, Lisboa,
segundo Reis Velloso, teria
confirmado sua presença, mas
ontem não dera explicações sobre a ausência.
(JAD)
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