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Câmbio está no "limite
normal", avalia Furlan
DO ENVIADO AO RIO
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou que, apesar da alta do dólar,
a taxa de câmbio permanece em
uma "faixa de normalidade, que
não afeta os negócios".
"A taxa de câmbio sofreu espasmos nos últimos dias, mas o custo
de um câmbio na faixa de R$ 3,15
já foi suportado. Um câmbio entre R$ 2,85 e R$ 3,15 está dentro do
limite normal", disse o ministro,
em sua apresentação no Fórum
Nacional. Furlan fazia referência
ao período de outubro de 2002
(imediatamente anterior às eleições presidenciais), quando a taxa
nominal chegou a R$ 4,45.
Do início do mês até ontem, o
dólar comercial acumulava a valorização de 6,79%. Em tese, uma
taxa de câmbio depreciada favorece as exportações (logo, o superávit da balança comercial), mas
encarece importações. Um possível efeito da depreciação cambial
é justamente aumentar a pressão
sobre a inflação, por causa do peso de insumos importados na
composição de bens de consumo.
Segundo o ministro, depois de
as vendas externas, no acumulado
dos últimos 12 meses, terem superado, pela primeira vez na história, os US$ 80 bilhões, a meta agora passa a ser encerrar 2004 com
exportações de US$ 83 bilhões
-US$ 10 bilhões acima do ano
passado. E chegar aos US$ 100 bilhões até o último ano do governo
Lula, em 2006.
O ministro afirmou que o país
poderia receber US$ 20 bilhões de
IDE (Investimento Direto Estrangeiro) no próximo ano -as previsões otimistas dos bancos para
este ano e 2005 não superam os
US$ 10 bilhões. A expansão no
fluxo de IDE, de acordo com Furlan, seria decorrente do aumento
dos vínculos comerciais e econômicos com países como a China.
Isenção para investimento
Furlan também disse que negociará com o ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho, a autorização para que investimentos em
modernização de portos e aeroportos nos quais exista área alfandegária (que eventualmente poderiam ser usadas para o desembaraço de mercadorias) obtenham isenção total de impostos.
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