|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ocupação na indústria sobe 0,4% em março
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA SUCURSAL DO RIO
O emprego na indústria cresceu
0,4% em março em relação a fevereiro, terceira alta consecutiva
nesse tipo de comparação, considerando a taxa com ajuste sazonal
(que atenua efeitos típicos de cada
período). No entanto permanece
em queda se comparado com o
mesmo período de 2003 (-0,1%),
no acumulado do ano (-0,7%) e
em 12 meses (-1%).
Dados da Pesquisa Industrial
Mensal de Emprego e Salário, do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que
a renda manteve o ritmo de crescimento. A folha de pagamento
da indústria -que mede indiretamente o rendimento do trabalhador- cresceu 11,6% ante março do ano passado, maior taxa
mensal desde janeiro de 2002.
No cálculo ajustado sazonalmente, em março, o salário médio
real recebido pelo trabalhador da
indústria recuou 1,2% em relação
a fevereiro. Segundo o IBGE, esse
resultado deve ser "relativizado",
já que o bom desempenho de janeiro (9,3%) e de fevereiro (4,6%)
foi influenciado pelo pagamento
de férias e benefícios extras.
Para Isabella Nunes Pereira,
economista do IBGE, a "recuperação maior da folha de pagamento está associada à redução
da taxa de juros". Hoje, sai a decisão sobre a taxa básica (Selic).
"[O aumento na folha de pagamento] está intimamente ligado
ao controle da inflação. O deflator
usado em março de 2003 era muito mais alto do que o usado em
março de 2004", completou.
Das 14 regiões pesquisadas pelo
IBGE, em 13 houve aumento na
renda real média do trabalhador,
na comparação com o mesmo
mês de 2003. A única retração foi
no Espírito Santo -0,9%.
Já no emprego, na mesma comparação, 8 dos 14 locais pesquisados tiveram resultados negativos.
As indústrias paulistas, que reduziram as vagas em 0,7%, foram
responsáveis, mais uma vez, pela
maior contribuição negativa.
Texto Anterior: Trabalho: Emprego formal tem crescimento recorde Próximo Texto: Internet: Brasil Telecom anuncia compra do iG Índice
|