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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Skaf leva a Mantega proposta de mudanças na lei cambial
Paulo Skaf (Fiesp) irá encaminhar nos próximos dias a
Guido Mantega (Fazenda) uma
série de propostas para tentar
minimizar os efeitos sobre a sobrevalorização do real na economia. Skaf esteve ontem com
Mantega em São Paulo e manifestou preocupação principalmente com os setores da indústria com capital mais intensivo
em mão-de-obra.
"Temos de encontrar caminhos para minimizar os efeitos
da apreciação cambial sobre alguns setores que estão sofrendo bastante com o problema",
diz Skaf. "Temos de pensar em
algumas desonerações para aliviar a questão."
Skaf disse que, no encontro,
levou várias propostas a Mantega. Entre elas, a de mudar a
legislação cambial, que é muito
antiga e foi elaborada quando o
objetivo era o de incentivar a
entrada de recursos no país.
Hoje, o problema é o oposto. A
necessidade é mandar mais dólares para o exterior com o objetivo de buscar um equilíbrio
maior em relação à montanha
de dinheiro que ingressa no
país.
A proposta de Skaf é a de o
governo liberalizar a legislação
para permitir a remessa de recursos ao exterior. Hoje, os exportadores já podem abrir uma
conta lá fora para deixar 30%
das vendas. Skaf acha que o governo poderia ampliar esse
percentual para 70%. Ele irá se
reunir nos próximos dias com
os exportadores para discutir
essa questão.
Skaf também defendeu a aceleração da queda dos juros para
tentar conter os recursos que
entram no país com a finalidade de investir em títulos públicos. Ele está convencido de que
uma boa parte desse dinheiro
entra com esse objetivo.
Outro tema da conversa foi a
reforma tributária. Skaf acertou com Mantega que a Fiesp
também irá participar das discussões dentro do governo de
reforma tributária. Skaf criou,
na Fiesp, recentemente, um
grupo de trabalho com o objetivo de estudar propostas de reforma tributária
Também foi levada a Mantega por Skaf a preocupação com
a Lei Geral da Microempresa,
que entra em vigor no dia 1º de
julho e ainda não foi regulamentada.
BARBA FEITA
A Bic lança neste mês no mercado brasileiro seu novo barbeador descartável com três lâminas. Com investimentos de
10 milhões, o produto será fabricado no Brasil e distribuído
para toda a América Latina. "Já tínhamos um produto similar,
fabricado anteriormente na Grécia. Agora teremos um brasileiro com inovações tecnológicas, cabo ergonômico e cabeça móvel", diz Aroldo Fontes, presidente da Bic. Segundo ele, este é o
segmento da linha de barbeadores que mais cresce no país
-75%, de 2004 para 2005, e 56%, de 2005 para 2006. "Além do
crescimento agressivo, é um produto com mais valor agregado.
Identificamos aí uma oportunidade", afirma. Em cinco anos,
segundo Fontes, a Bic cresceu 60% em barbeadores.
TELEFONISTA
A empresa de telemarketing Contractors Contact Center se prepara inaugurar, em junho, mais uma unidade.
Com investimento de R$ 10 milhões, a terceira unidade
da empresa terá 3.350 m2 e abrigará também um centro de
capacitação e treinamento. Valdik Guerra, presidente da
empresa, afirma que a operação deve gerar 2.000 empregos
diretos.
VIDA PRIVADA
Demian Fiocca, ex-BNDES, decidiu que não vai
mesmo para o governo.
Fiocca voltará para a iniciativa privada.
GLOBALIZAÇÃO
A quarta edição do Congresso Anbid de Fundos de
Investimento será realizada
nos dias 30 e 31, em São Paulo. Armínio Fraga, ex-BC,
Farley Thomas, diretor
mundial do HSBC, e James
Hirschann, diretor mundial
da gestora Western, discutirão a globalização da indústria. O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles
encerra o evento.
CELULAR
O Brasil está bem atrás de
outros países da América
Latina na utilização de serviços de dados móveis. Mesmo com 102 milhões de
clientes, só 6% da receita
média por usuário é usada
para dados (SMS, down-loads de ringtones, protetores de tela, aplicações, fotos
e vídeos). No Equador esse
número chega a 23%, e na
Venezuela, atinge 21%. Para
Erasmo Rojas, diretor da 3G
Americas para a América
Latina e o Caribe, essa taxa
se deve às políticas adotadas
em cada país.
NA LINHA
As operadoras reduziram
sua participação de mercado, segundo dados do balanço do setor de telefonia móvel da Anatel para o mês de
abril. Apenas a Claro apresentou crescimento, de
0,15%. A Vivo e a TIM tiveram variações negativas de
0,08%, e 0,06% respectivamente. A participação da Oi
permaneceu inalterada.
CAPITALISMO
A americana Polo Ralph
Lauren vendeu todo o estoque de bolsas de couro de
crocodilo no dia em que
inaugurou sua principal loja
em Moscou. A grife abriu
suas primeiras lojas nesta
semana na cidade. A bolsa
Ricky, que leva o nome da
mulher do presidente do
conselho administrativo da
Ralph Lauren, foi comercializada por 16 mil. Os produtos de luxo respondem
por 10% das vendas do varejo na Rússia.
BORBULHANTE
A Chandon vai mudar as
garrafas de todas as suas variedades de bebidas. A primeira delas será o espumante Passion, que muda de cara
para o Dia dos Namorados.
ECOLÓGICO
A matriz do Carrefour
passou a usar apenas papel
reciclado para imprimir. São
mais de 1 milhão de páginas
por mês em 86 impressoras.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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