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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Apenas 2% usam celular para pagar conta
O uso de celular para pagar
contas, realizar transações
bancárias ou fazer compras pela internet é de apenas 2% entre os brasileiros. Cerca de 67%
das pessoas no país nem pensam em usar um dispositivo
móvel para fazer transações
on-line.
As informações são resultado
de pesquisa da consultoria ICR
encomendada pela Unisys. O
estudo foi realizado com o objetivo de ajudar empresas e instituições governamentais a compreender atitudes da população em relação à segurança.
Foram entrevistadas 1.500
pessoas, de 18 a 65 anos, em São
Paulo e Grande São Paulo, Rio
de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto
Alegre e Salvador, em domicílios das classes A, B e C, durante
o mês de março.
Os homens, os jovens entre
18 e 24 anos e os universitários
apresentam maior disposição
para usar a tecnologia. Cerca de
12% dos homens usam dispositivo móvel para realizar suas
transações, contra 9% das mulheres. Entre os jovens de 18 a
24, o índice é de 15% e de 17%
entre os universitários.
Para a maioria dos entrevistados, não é seguro usar celular
ou organizador pessoal para
conduzir transações financeiras. Cerca de 43% acreditam
que "não é seguro" e 39% afirmam que é "não muito seguro".
Apenas 2% avaliam como
"muito seguro".
Sergio Rubinato Filho, diretor da área de segurança para a
América Latina da Unisys, afirma que o consumidor ainda
não está totalmente adaptado
ao uso. De acordo com ele, o
custo e a sofisticação do aplicativo também atrapalham a intimidade do consumidor com o
serviço.
Com o alto número de usuários de celulares pré-pagos, é
preciso oferecer um serviço
mais adequado. "É preciso baixar o custo dessa transação e
simplificar a forma de uso", diz.
Os bancos são considerados
os mais seguros para realizar
transações por meio de dispositivo móvel. Cerca de 63% dos
entrevistados afirmam que o
provedor de serviço mais seguro neste caso são os bancos.
Cerca de 11% escolheram as
operadoras de telecomunicação, e apenas 4%, as lojas virtuais. Para 13%, nenhuma dessas organizações oferece proteção adequada a esse tipo de
transação.
ENERGÉTICO
A brasileira Paradigma, especializada em soluções de
relacionamentos e negócios eletrônicos, passará a oferecer plataformas para leilões de energia na América Latina. A empresa acaba de fornecer a base tecnológica para o
primeiro leilão eletrônico de energia elétrica da Colômbia. "Também estamos negociando com Argentina, Peru, Equador e Panamá", diz Andréa Boudeville, presidente.
NO COMANDO
Sonia Bueno, que foi contratada pela TNS (Taylor Nelson Sofres), especializada em pesquisa de mercado, para comandar a expansão da LatinPanel na América Latina; a executiva comandará as operações em 15 países da região, onde a LatinPanel acompanha a evolução do consumo de 75 categorias, em cestas de alimentos, bebidas etc.
LICITAÇÃO:
BERNARDO VAI AO SENADO PEDIR AGILIDADE EM LEI
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, pretende
ir ao Senado nesta semana
pedir agilidade na aprovação
da Lei de Licitações, que tornará obrigatório o uso do
pregão eletrônico pelos demais poderes (Judiciário e
Legislativo), por Estados e
municípios. O pregão é obrigatório, desde 2005, só para
o Executivo para a compra
de bens duráveis. O pregão
eletrônico permite economia
de despesas. No primeiro trimestre, o governo federal
economizou R$ 590 milhões
com o pregão eletrônico, redução de 22% entre os preços contratados e o preço
aceito pelo governo. Do total
de compras, 68% foram por
pregão eletrônico. Em 2007,
a redução de despesas atingiu R$ 3 bilhões, e, em 2006,
R$ 1,8 bilhão.
PANO DE PRATO
O Dia das Mães estimulou
alta de 4,5% nas vendas do
setor de tecidos na primeira
quinzena do mês ante igual
período de abril, segundo o
Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos de SP.
análise
Mercado mundial dá preço a fertilizante
O governo federal estuda
beneficiar o setor de fertilizantes com redução de tributos para conter o peso do
produto na inflação. Mário
Barbosa Neto, presidente da
Anda (associação para difusão de adubos), lembra que o
Brasil, no entanto, depende
da formação de preços no
mercado mundial.
"Quem faz o preço no mercado internacional hoje são
China, Índia e EUA", diz.
Neto diz que os fertilizantes atingiram um novo patamar internacional de preço,
motivado pela alta do petróleo e pela demanda crescente
por alimentos, e que o país
não tem como fugir dessa nova realidade a curto prazo.
A médio e longo prazos,
porém, o país deve melhorar
a logística, para evitar custos
portuários excessivos, oferecer financiamento adequado
para a agricultura e outras
medidas para incentivar o
setor. Segundo Neto, em razão das características do setor, que depende da mineração, o mercado não consegue reagir rapidamente ao aumento da demanda por alimentos. Novas jazidas demoram, em média, três anos para começarem a produzir.
"Para que as reservas brasileiras se viabilizem, leva
tempo. Há as licenças e a preparação da mina para entrar
em operação. Mesmos com
os equipamentos, no mercado internacional tem que entrar na fila porque há uma
demanda muito grande no
mundo", diz Neto.
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