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Expectativa de nova elevação de nota do país anima mercado
No exterior, divulgação da
ata do Fed será destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
Com uma agenda de eventos
econômicos mais fraca, além
do feriado de quinta-feira, o
mercado financeiro brasileiro
inicia a semana sob a expectativa de a Fitch Ratings elevar o
país a grau de investimento nos
próximos dias.
Na semana passada, essa
perspectiva ganhou fôlego e
impulsionou o mercado brasileiro. A Bovespa encerrou o
pregão de sexta-feira em novo
pico histórico (72.766 pontos) e
o dólar desceu ao seu mais baixo patamar desde janeiro de
1999, vendido a R$ 1,642.
No exterior, a divulgação da
ata da última reunião do Fomc
(comitê do banco central dos
EUA que define os juros), que
ocorrerá na quarta-feira, será
relevante por trazer sinais sobre o futuro da política monetária norte-americana.
Se o documento indicar que a
taxa básica de juros dos Estados Unidos pode ainda ser reduzida, deve animar os mercados financeiros.
"O evento mais importante
na agenda dos EUA será a divulgação da minuta da última
reunião do Fomc, realizada nos
dias 29 e 30 de abril. No comunicado emitido após aquela
reunião, o Fed resolveu remover a menção referente aos riscos de maior desaceleração do
crescimento econômico, dando
uma clara sinalização de que
pretende dar por encerrado o
ciclo de flexibilização monetária", diz Elson Teles, economista-chefe da Concórdia.
Os juros americanos saíram
de 5,25% em setembro de 2007
para 2% agora. Taxas de juros
menores favorecem o mercado
acionário, pois os investidores
tendem a aceitar correr mais
riscos -como o representado
pela Bolsa- na tentativa de
compensar a queda na rentabilidade dos títulos públicos.
Mesmo assim, o índice Dow
Jones, que reúne as ações norte-americanas mais negociadas, registra queda acumulada
de 2,1% no ano.
"Para o Fed, a substancial redução realizada na taxa básica
de juros desde setembro de
2007, combinada com as medidas de fortalecimento da liquidez, deverá ajudar a promover
o crescimento econômico moderado ao longo do tempo nos
EUA. Por conta disso e da
maior pressão da inflação global, o mercado vem aumentando a probabilidade de que o
próximo movimento na taxa
básica de juros nos EUA seja de
alta, e não de baixa", diz Teles.
Amanhã, será importante para o mercado a divulgação do
PPI (índice de preços ao produtor americano). A expectativa é
que o indicador aponte inflação
de 0,2% em abril.
A inflação se tornou um tema
delicado para a economia americana, pois, em um momento
em que os juros têm caído, os
preços ameaçam subir além do
desejado. E uma das principais
formas para controlar a inflação é o aumento dos juros.
Por isso, se o PPI surpreender negativamente, com alta
inesperada nos preços, os mercados podem ter uma reação
ruim, com o temor de que os juros comecem a subir nos EUA.
"Para a semana, aguardamos
com atenção a divulgação do
PPI e da ata do Fomc. A agenda
interna é relativamente fraca,
com destaque para os índices
de inflação (semanais), podendo trazer impactos nos prognósticos para a política monetária", afirmam os analistas da
corretora Coinvalores.
No Brasil, amanhã vai ser divulgado o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe.
Para o dado, que é a segunda
prévia do mês, espera-se que
haja elevação de 0,74%.
No mesmo dia, sairá o resultado do IGP-M da FGV (Fundação Getulio Vargas). O indicador, também em sua segunda prévia mensal, será relevante
para o desempenho do mercado financeiro no dia.
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