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Pequena bomba faz polícia suíça
aumentar vigilância na reunião
do enviado especial
A Genebra em que o presidente
Fernando Henrique Cardoso desembarcaria ontem à noite amanheceu "sob alta tensão", conforme anunciava a principal manchete do matutino "Le Matin".
Tudo, ainda, por conta do quebra-quebra da véspera promovido
por jovens encapuzados, desgarrados de uma manifestação que
deveria ser festiva, convocada pela
"Ação Mundial dos Povos", coalizão de grupos não-governamentais, sindicalistas, anarquistas e
outros grupos.
A tensão só aumentou por volta
de 13h (8h em Brasília), com a explosão de uma pequena bomba
caseira na frente da estação ferroviária de Cornavin, o eixo da cidade, como em quase toda a Europa.
Sem danos
Não houve danos nem feridos,
mas a polícia cercou o local e ganhou motivos extras para inquietação: o aviso de que haveria, ao
longo do dia, "manifestações-surpresa", sem local determinado.
Consequência inevitável: foi intensificado ao extremo o cerco policial aos dois locais em que se reúnem as autoridades para comemorar o cinquentenário do sistema mundial de comércio, hoje representado pela Organização
Mundial do Comércio, a OMC.
Mas o dia terminou apenas com
"manifestações gentis", na avaliação de um porta-voz da polícia
local.
Só não disse se incluía, no qualificativo gentis, o fato de cinco jovens, entre eles uma mulher, terem se despido diante do Palácio
das Nações, um dos dois pontos
de reunião dos governantes, como
ato de protesto.
Nada que se pudesse comparar
aos estragos avaliados em 1 milhão
de francos suíços (cerca de US$
600 mil) produzidos pelas nada
gentis demonstrações do sábado e
da madrugada do domingo.
(CR)
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