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Vitória do país
é comemorada
pelos africanos
DA REPORTAGEM LOCAL
As delegações do Chade e do
Benin, países africanos que apoiaram o Brasil no painel do algodão
na OMC, comemoraram a vitória
brasileira ontem. "Essa decisão é
fundamental para milhares de
produtores africanos para quem a
cultura do algodão é uma questão
capital", disse à Folha Atidjani
Nourene, secretário-geral do Ministério do Comércio do Chade.
O embaixador do Benin, Samuel Amehou, também celebrou
o parecer da OMC. "Os países
africanos são competitivos, mas
os subsídios americanos sufocam
nosso produtores. Isso pode começar a mudar a partir de agora."
"Isso [a decisão] criará uma forte pressão sobre os EUA e outros
países desenvolvidos para mudarem seus programas destinados
às exportações", afirma relatório
da ONG Oxfam.
Anwarul Chowdhury, alto representante das Nações Unidas
para os países mais pobres do
mundo, fez coro com a ONG. "Ao
apontar que esses subsídios são
ilegais, pode haver uma mudança
no paradigma das negociações internacionais", avaliou.
Segundo a Action Aid, outra
ONG (organização não-governamental) que se dedica ao estudo
do comércio internacional, mais
de 9 milhões de pessoas da África
ocidental dependem da renda da
cotonicultura. A ONG revela ainda que, com o fim de todas as formas de proteções, os preços do algodão iriam aumentar em uma
média de 12,7% em um período
de dez anos.
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