São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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Vitória do país é comemorada pelos africanos

DA REPORTAGEM LOCAL

As delegações do Chade e do Benin, países africanos que apoiaram o Brasil no painel do algodão na OMC, comemoraram a vitória brasileira ontem. "Essa decisão é fundamental para milhares de produtores africanos para quem a cultura do algodão é uma questão capital", disse à Folha Atidjani Nourene, secretário-geral do Ministério do Comércio do Chade.
O embaixador do Benin, Samuel Amehou, também celebrou o parecer da OMC. "Os países africanos são competitivos, mas os subsídios americanos sufocam nosso produtores. Isso pode começar a mudar a partir de agora."
"Isso [a decisão] criará uma forte pressão sobre os EUA e outros países desenvolvidos para mudarem seus programas destinados às exportações", afirma relatório da ONG Oxfam.
Anwarul Chowdhury, alto representante das Nações Unidas para os países mais pobres do mundo, fez coro com a ONG. "Ao apontar que esses subsídios são ilegais, pode haver uma mudança no paradigma das negociações internacionais", avaliou.
Segundo a Action Aid, outra ONG (organização não-governamental) que se dedica ao estudo do comércio internacional, mais de 9 milhões de pessoas da África ocidental dependem da renda da cotonicultura. A ONG revela ainda que, com o fim de todas as formas de proteções, os preços do algodão iriam aumentar em uma média de 12,7% em um período de dez anos.


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