São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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CNA critica plano e valor pequeno

Alan Marques/Folha Imagem
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, durante anúncio


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além da frustração com o volume de financiamento previsto para a próxima safra, os agricultores criticaram outros pontos do plano anunciado ontem pelo governo. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) avalia que a manutenção dos limites de financiamento será prejudicial ao setor.
Segundo o vice-presidente da entidade, Marcel Caixeta, o governo deveria ter elevado os limites devido ao aumento dos custos de produção em relação à safra atual. "Não é o [plano] que o agricultor esperava. Foi pior porque o governo manteve os limites de financiamento, enquanto os custos de produção subiram muito."
"Quem tirava R$ 200 mil para plantar soja, agora vai tirar os R$ 200 mil novamente, mas vai comprar menos insumos. Vai ter menos dinheiro para plantar sua safra", afirma Caixeta.
Como os limites de financiamento não foram alterados, os agricultores precisarão recorrer a juros de mercado se quiserem mais recursos para plantar. "É juro que a agricultura não suporta."
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, rebateu as críticas de que os recursos para o plano da safra não foram suficientes.
"Há uma ampliação grande dos recursos. Se você considerar o Moderfrota e os [programas] específicos para os vários segmentos, assim como os recursos de comercialização e investimentos, todos esses investimentos aumentaram no geral em 40%."


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