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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Juros favorecem mais os bancos públicos
Leonardo Wen/Folha Imagem
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O empresário Alberto Jacobsberg, proprietário da importadora Aurora, no novo depósito do grupo |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os bancos privados não são
os que mais ganham com os juros pagos pelo governo. Os bancos públicos ganham uma parcela muito maior com os pagamentos de juros feitos pelo setor público.
Do total transferido pelo governo para pagamento de juros
ao ano, cerca de R$ 30 bilhões
são direcionados para os bancos públicos, enquanto aproximadamente R$ 23 bilhões vão
para os privados.
A conta foi feita pelo departamento econômico do Itaú. De
acordo com o estudo, os 50
maiores bancos do país mais o
BNDES detinham, em dezembro de 2005, 35% dos títulos da
dívida pública federal mobiliária interna em poder do público. Os outros 65% estão em poder de fundações.
Do total de 35%, 20% estavam em poder dos bancos públicos e 15% com os bancos privados. O valor que representa
quanto os bancos públicos e
privados recebem foi calculado
tendo como base os R$ 148 bilhões anuais (8,2% do PIB) gastos pelo governo no pagamento
de juros sobre a dívida pública.
A rentabilidade dos bancos
públicos também será muito
mais afetada com a queda prevista das taxas de juros do que a
das instituições privadas.
De acordo com o trabalho do
Itaú, os cinco maiores bancos
públicos detêm o correspondente a 19% da dívida mobiliária interna, e esse montante representa 36% do seu ativo total.
Enquanto isso, os cincos
maiores bancos privados detêm 6% da dívida pública interna, o que corresponde a 10% do
seu ativo total.
Esses dados mostram, segundo o estudo do Itaú, que há uma
concentração importante de títulos públicos em poucos bancos públicos, o que pode indicar
um alto grau de transferências
(em forma de juros) do setor
público não financeiro para o
setor público financeiro.
"Ao contrário do que se fala
normalmente, não são os bancos privados os maiores detentores da dívida pública", diz Tomás Málaga, economista-chefe
do Itaú.
A dependência dos bancos
públicos aos juros é, portanto,
muito superior à dos privados.
CONTRATO DE TI
Lars Gustavsson, do ABN
Amro, e o indiano N.Ganapathy Subramaniam, da
TSC (Tata Consultancy Services), já estão com presença
confirmada para a 16ª edição
do Ciab Febraban, em junho, em São Paulo, para debater o futuro da tecnologia
na área bancária. As duas
empresas firmaram um contrato de outsourcing de TI
de 200 milhões.
POSSE
O arquiteto Ronaldo Rezende, eleito presidente da
Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), toma posse para a
gestão de 2006 a 2009. O
evento será na quarta-feira,
no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo.
INSPIRAÇÃO
No ano em que comemora
58 edições, a Fenit, tradicional feira da indústria têxtil
do país, quer se modernizar.
Para isso, contará com dois
eventos, a partir de hoje:
uma feira de negócios, realizada das 10h às 19h, e a batizada "Fenit Inspiration", de
entretenimento, cultura e
lazer, que vai até 2h, durante
quatro noites. "Trouxemos o
Café del Mar, bar famoso de
Ibiza, com o DJ da casa, Bruno, e teremos pocket shows
da Broadway", diz Roberta
Dias, diretora da Alcântara
Machado, que organiza a Fenit. A feira de negócios também traz novidades: pela
primeira vez, vai haver uma
rodada de negócios em parceria com o Sebrae. O evento
vai até a quinta-feira, no
Anhembi, em SP.
IMPORTAÇÃO SESSENTONA
A importadora Aurora, uma das mais antigas do país, completa 60 anos, neste mês. Para comemorar, investiu aproximadamente R$ 2 milhões na construção de um novo depósito de 5.000 m2, que já permitiu um aumento de 20% na distribuição dos produtos da empresa. A importadora responde por
marcas como Lindt, Tabasco, Campbell's, Jose Cuervo, Los
Vascos, Porto Ferreira, Louis Latour, Cuty Sark Drambuie, Licor 43, Twinnings e outras. O proprietário Alberto Jacobsberg
tem mais motivos para comemorar: a recente entrada no mercado de vinhos rendeu um crescimento de 25% na distribuição
do ano passado. "Em 2006, só na parte de vinhos, crescemos
24% desde janeiro", diz Jacobsberg.
CASA DO BEM-ESTAR
São Paulo tem, desde a última semana, uma sede para o
bem-estar. Trata-se da loja-conceito Erah, do empresário
espanhol Alberto Rebollo, conhecido por ter trazido ao
Brasil marcas como a L'Occitane. O espaço deve reunir
produtos de design de diferentes países e produção artesanal brasileira, sob a bandeira da marca própria Erah,
um "corner" -a chamada "shop-in-shop" (loja dentro da
loja)- da marca belga-marroquina Mia Zia, aromas das
francesas Esteban e Terre D'Oc e chás da alemã A Loja do
Chá, também presente no Iguatemi. "A minha idéia é juntar em um mesmo local vários produtos que mexam com
os sentidos, desde aromas até roupas supercoloridas, roupas de cama de algodão egípcio e muitas outras coisas",
diz Rebollo. Também é possível degustar chás no espaço,
localizado nos Jardins.
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