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Mercado vê volatilidade menor até o fim do mês
Investidor fica à espera de
novos indicadores dos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender dos indicadores
econômicos a serem divulgados nos próximos dias, o mercado financeiro global terá sessões de menor volatilidade do
que aquela enfrentada nas semanas recentes.
Somente na última semana
de junho, especialmente com a
reunião do Fed (o banco central do americano), o mercado
terá a apresentação de novos
indicadores com potencial de
sacudir os investidores.
"A agenda econômica dessa
semana é bem fraca e pouco deve repercutir nos mercados locais e internacionais. Apenas os
dados de construção de casas
novas nos EUA e pedidos de licença para construção no país
podem ocasionar alguma reação do mercado", avaliam os
analistas da Link Corretora.
A semana passada foi marcada pelo discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed, na
quinta-feira. Diferentemente
dos últimos discursos do homem forte da economia norte-americana, o mercado financeiro mundial reagiu de forma
positiva a suas palavras.
Dessa vez, a interpretação da
fala de Bernanke foi bem recebida. Investidores e analistas
viram em seu discurso mais segurança em relação aos rumos
que o Fed tem dado na condução de sua política monetária.
Bernanke mostrou estar recebendo positivamente os últimos dados de inflação. Para o
presidente do Fed, o repasse da
alta dos custos de energia não
está pressionando negativamente os índices de preços.
Os juros norte-americanos
estão em 5% anuais. O que tem
abalado o mercado, pelo menos
desde o dia 10 de maio, quando
ocorreu a última reunião de política monetária do Fed, são as
incertezas em relação até onde
os juros americanos poderão
ser elevados.
Analistas temem que o banco
central dos Estados Unidos tenha errado a mão e acabe por
desaquecer acima do desejado
a maior economia do planeta
por conta desse hipotético
equívoco.
Nesse cenário de crescentes
dúvidas, a palavra de ordem foi
vender ativos (ações, moedas e
títulos da dívida) de emergentes, que carregam maiores riscos, e comprar títulos mais seguros, como os do Tesouro norte-americano.
Trégua
"Na quinta-feira passada, a
declaração do presidente do
Fed trouxe algum alívio aos
mercados. As Bolsas de Valores
internacionais, que vinham
acumulando quedas substanciais desde o início da semana
passada, esboçaram alguma recuperação", avalia a LCA Consultores.
Mas a decisão do banco central da China, que na sexta-feira anunciou a elevação do percentual dos depósitos compulsórios das instituições bancárias do país, trouxe algumas nuvens ao cenário que parecia ser
de melhora.
O BC chinês tomou a polêmica decisão preocupado com a
expansão do crédito e o conseqüente aquecimento econômico. O governo chinês teme que
a inflação no país acelere de
forma indesejável.
A possibilidade de um crescimento mais brando da robusta
economia chinesa não agrada a
muitos países que exportam
para o gigante asiático.
Essa decisão fez com que as
Bolsas na Europa e nos EUA tivessem um desempenho fraco
nos pregões de sexta-feira.
Já a Bolsa de Valores de São
Paulo teve na sexta seu segundo melhor pregão de 2006, subindo 4,42%.
Para a Link, "a recuperação
pontual da confiança dos investidores já demonstra que o momento" está mais para um período de compra no mercado
acionário do que um novo período de estresse.
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