São Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

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Congresso dos EUA aprova crédito de US$ 108 bi para o FMI

Projeto foi alvo de polêmica por ter sido incluído em plano de gastos no Iraque e no Afeganistão

DA REDAÇÃO

Depois de muita polêmica, o Congresso americano aprovou ontem uma linha de crédito de US$ 108 bilhões (menos de 1% do PIB da maior economia mundial) para o FMI (Fundo Monetário Internacional) emprestar aos países pobres. A ajuda faz parte das promessas feitas pelo presidente Barack Obama durante a mais recente reunião do G20, em abril.
O principal motivo para a polêmica foi que a proposta de ajuda ao FMI foi incluída no projeto de gastos militares no Iraque e no Afeganistão. Com isso, o projeto ganhou forte resistência, especialmente entre os deputados republicanos.
Parte da resistência foi vencida depois que o Escritório de Orçamento do Congresso (órgão não partidário que fornece análises econômicas aos legisladores) afirmou que o custo da medida na verdade ficará em US$ 5 bilhões. Isso porque os EUA não emprestariam o dinheiro diretamente aos países, mas tornariam a linha de crédito disponível para o FMI, e este passaria o montante para as nações em dificuldade.
Ainda assim, com a oposição republicana, a medida não foi aprovada facilmente na Câmara dos Representantes na terça-feira, onde recebeu 226 votos a favor e 202 contra -só 5 oposicionistas foram favoráveis ao projeto, e 32 democratas se mostraram contra. Já no Senado, ontem, a tarefa foi bem mais tranquila: 91 votos a 5.
Além da linha de crédito e dos gastos militares, o projeto prevê a ampliação da contribuição americana para o FMI em US$ 8 bilhões e dá o aval dos EUA para o plano do Fundo de vender 400 toneladas de ouro. Essas medidas fazem parte da promessa de Obama em Londres de contribuir com US$ 500 bilhões para o FMI.
Nas últimas semanas, os governos do Brasil, da China e da Rússia também anunciaram contribuições para o Fundo.

Com agências internacionais



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