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Congresso dos EUA aprova crédito de US$ 108 bi para o FMI
Projeto foi alvo de polêmica por ter sido incluído em plano de gastos no Iraque e no Afeganistão
DA REDAÇÃO
Depois de muita polêmica, o
Congresso americano aprovou
ontem uma linha de crédito de
US$ 108 bilhões (menos de 1%
do PIB da maior economia
mundial) para o FMI (Fundo
Monetário Internacional) emprestar aos países pobres. A
ajuda faz parte das promessas
feitas pelo presidente Barack
Obama durante a mais recente
reunião do G20, em abril.
O principal motivo para a polêmica foi que a proposta de
ajuda ao FMI foi incluída no
projeto de gastos militares no
Iraque e no Afeganistão. Com
isso, o projeto ganhou forte resistência, especialmente entre
os deputados republicanos.
Parte da resistência foi vencida depois que o Escritório de
Orçamento do Congresso (órgão não partidário que fornece
análises econômicas aos legisladores) afirmou que o custo da
medida na verdade ficará em
US$ 5 bilhões. Isso porque os
EUA não emprestariam o dinheiro diretamente aos países,
mas tornariam a linha de crédito disponível para o FMI, e este
passaria o montante para as nações em dificuldade.
Ainda assim, com a oposição
republicana, a medida não foi
aprovada facilmente na Câmara dos Representantes na terça-feira, onde recebeu 226 votos a favor e 202 contra -só 5
oposicionistas foram favoráveis ao projeto, e 32 democratas se mostraram contra. Já no
Senado, ontem, a tarefa foi bem
mais tranquila: 91 votos a 5.
Além da linha de crédito e
dos gastos militares, o projeto
prevê a ampliação da contribuição americana para o FMI em
US$ 8 bilhões e dá o aval dos
EUA para o plano do Fundo de
vender 400 toneladas de ouro.
Essas medidas fazem parte da
promessa de Obama em Londres de contribuir com US$
500 bilhões para o FMI.
Nas últimas semanas, os governos do Brasil, da China e da
Rússia também anunciaram
contribuições para o Fundo.
Com agências internacionais
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