São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Importados chineses afetam plástico nacional

A entrada de produtos chineses no mercado brasileiro está afetando a rentabilidade da indústria do plástico. O real valorizado e a carga tributária menor favorecem o avanço dos importados da China, com preços mais competitivos que os produtos transformados de plástico produzidos no Brasil. A conclusão é do presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), Merheg Cachum.
A compra de produtos de plástico da China subiu 57,45% em valores no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2007, atingindo US$ 135 milhões e 47 mil toneladas, de acordo com dados da Abiplast. O crescimento da importação da China foi maior que o aumento total de importados, de 31,7%, que atingiram US$ 1,1 bilhão.
Com apenas US$ 4 milhões exportados à China, o déficit comercial no período chegou a US$ 131 milhões ou 46 mil toneladas de plástico. Segundo ele, os produtos de plástico que o Brasil vende à China são matérias-primas que o país compra de todo o mundo para transformar em manufaturados. Já os importados chineses são produtos que também são fabricados no país, o que afeta a indústria nacional. "Cada produto que entra é um produto a menos produzido no Brasil."
No ano passado, a China foi o segundo maior vendedor de plástico ao Brasil, com 11,26% do valor total importado. Em 1998, os importados chineses estavam em décimo lugar, com 2,51%. Já as exportações de plástico brasileiro à China somaram apenas 0,94% do valor adquirido pelo país em 2007.
Com o câmbio favorável à importação e uma carga tributária maior que a chinesa, os empresários brasileiros não conseguem competir em preço e estão perdendo mercado para os chineses, afirma Cachum.
Segundo ele, esses fatores já motivaram algumas empresas nacionais a produzirem plástico na China, deixando de gerar emprego e renda no país. "Espero que não seja uma tendência, mas é um movimento perigoso, que acende a luz amarela de alerta."

ESTRÉIA
Allen Bohbot, presidente da produtora americana BKN International AG, e Laura Tapias, diretora da empresa para a América Latina, vêm ao Brasil para lançar hoje os primeiros desenhos animados do estúdio no país. A produtora fez parceria com a brasileira ITC Licensing para comercializar as novas séries. Entre os desenhos que serão lançados, estão "Zorro Geração Z" e "Os Caçadorks".

NA GAROA
Luis Eduardo Assis acaba de assumir uma diretoria recém-criada pelo HSBC para alavancar a integração das operações na América Latina. Assis trabalhou nos últimos 12 meses em Londres e agora se muda para São Paulo. A principal missão da diretoria será consolidar os negócios nos 14 países em que o HSBC atua na região. Os focos da diretoria serão Argentina, Brasil, México e Panamá.

É A CRISE
A General Motors deixará de patrocinar o Emmy e o Oscar para reduzir custos, diz o jornal "Detroit News". A montadora estava entre os principais patrocinadores da entrega de prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, com US$ 97 milhões gastos de 1998 a 2007. A GM teve o terceiro maior prejuízo da história no segundo trimestre, com perdas de US$ 15,5 bilhões.

EM CASA Os empreendimentos imobiliários foram os que mais cresceram em número de empresas listadas na Bolsa de julho de 2007 até o mês passado, segundo o guia anual da IMF Editora, que será lançado amanhã. Dos 64 IPOs realizados no ano passado, 13 foram de empresas do setor.

DIGITAL
O Itaú oferecerá aos clientes uma solução criada para o iPhone. Será possível acessar a conta, ver indicadores de mercado e localizar as agências e os caixas eletrônicos mais próximos. Para ter acesso ao serviço, o cliente do banco deve digitar no aparelho o endereço www.itau.com.br/mobile.

com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e MARINA GAZZONI


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