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Vendas pela internet crescem 27% no primeiro semestre
Gasto médio por compra subiu para R$ 323; no ano, projeção é de alta de 28%
Estreia de grandes redes no comércio eletrônico, como Wal-Mart e Casas Bahia, infla números do setor, que deve manter ritmo de 2008
TATIANA RESENDE
DA FOLHA ONLINE
As compras feitas pela internet no primeiro semestre deste
ano totalizaram R$ 4,8 bilhões,
27% acima do registrado no
mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da e-bit,
consultoria de comércio eletrônico. O gasto médio dos consumidores subiu 5%, para R$ 323.
A receita nominal do comércio tradicional, mensurada pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), cresceu 9,9% em igual intervalo,
mas a comparação fica distorcida com o aumento de dois dígitos do varejo on-line.
"Ainda há uma demanda reprimida que está aprendendo a
usar esse canal, que reforça as
vendas com a entrada de grandes "players'", afirma o consultor Marcos Quintarelli.
De acordo com os dados da e-bit, 15,2 milhões de consumidores brasileiros já fizeram pelo
menos uma compra pela internet, com crescimento de 32%
entre o primeiro semestre de
2008 e o deste ano. Os números
não consideram as vendas de
veículos, passagens aéreas e leilões virtuais.
Entre os motivos do aumento no faturamento e de novos
clientes estão o início recente
das operações de duas empresas no comércio eletrônico: o
Wal-Mart, em outubro de
2008, e Casas Bahia, em fevereiro. "Com a entrada de um
grande varejista, o mercado todo se reposiciona. As outras lojas se preparam", disse Pedro
Guasti, diretor-geral da e-bit.
Os livros, revistas e jornais lideram as vendas virtuais, seguidos de saúde, beleza e medicamentos e itens de informática. Com a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca,
os eletrodomésticos ficaram
com a quarta posição, com participação de 9% no faturamento -eram 6% no primeiro semestre do ano passado. Para o
diretor-geral da e-bit, essa fatia
não deve ser ultrapassada no
fechamento do ano.
Para 2009, a previsão é movimentar R$ 10,5 bilhões, valor
28% superior ao de 2008. A estimativa inicial era de que esse
crescimento ficasse entre 20%
e 25%. "Ninguém tinha muita
certeza do que viria com a crise
econômica", afirmou Guasti,
admitindo que o acréscimo pode ser até maior. A projeção é
que 17 milhões de pessoas tenham adquirido pelo menos
um produto pela internet até o
final de dezembro.
No ano passado, ante 2007,
houve uma expansão de 30%
no faturamento.
A pesquisa mostrou ainda
que a participação de mercado
do líder em vendas no comércio
eletrônico, a B2W, formada pela fusão de Submarino e Americanas.com, caiu de 41,5%, no
primeiro semestre de 2008, para 36% neste ano.
Considerando os dez primeiros colocados, essa fatia passou
de 76,3% para 74,1%. Uma das
razões dessa descentralização é
a ampliação de informações sobre lojas e produtos em sites de
busca e comparação de preços.
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