São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Mercados respiram, e Bovespa tem alta de 1%

Investidor volta a comprar ações; dólar cai para R$ 1,85

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Não deu para recuperar as perdas do dia anterior, mas ao menos os mercados conseguiram inverter o rumo ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o ritmo internacional e fechou com valorização de 0,96%.
Apesar de nada ter mudado na economia mundial de segunda-feira para ontem, os investidores resolveram voltar às compras de ativos de maior risco, como as ações.
Em Nova York, o índice Dow Jones voltou a registrar alta no mês (0,51%), após subir 0,90% no pregão de ontem. A Bolsa eletrônica Nasdaq, referência no segmento de alta tecnologia, teve valorização de 1,30%.
Uma série de pequenos indicadores positivos permitiram que os mercados respirassem.
Na Alemanha, o indicador de sentimento econômico mostrou que analistas e investidores estão mais otimistas no que se refere à recuperação do país nos próximos meses.
A Bolsa de Frankfurt fechou as operações com apreciação de 0,94%. Em Londres, houve ganhos de 0,88%.
Nos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) divulgou que o setor manufatureiro da região de Nova York mostrou recuperação no começo do mês, atingindo o maior nível desde novembro de 2007.
Também foi apresentado nos EUA o PPI (índice de preços ao produtor), que apontou queda de 0,9% no mês passado.
O cenário deu alento às cotações do petróleo. O barril do produto subiu 3,66% em Nova York, vendido a US$ 69,19.

Sem empolgação
O dia mais favorável no pregão brasileiro não se converteu em forte movimentação. Pelo contrário. O giro na Bolsa ontem ficou em R$ 4,1 bilhões, 28% abaixo da média do mês. Isso mostra que, apesar de o resultado final ter sido positivo, as compras não foram tão intensas, o que sinaliza certa cautela por parte dos investidores.
Além disso, a concentração foi forte: apenas os papéis de Petrobras, Vale, Itaú Unibanco e Bradesco responderam por mais de 35% de toda a movimentação financeira de ontem.
Com o petróleo em alta no mercado internacional, as ações da Petrobras terminaram o pregão com apreciação, de 1% para as preferenciais e de 0,51% para as ordinárias.
Já a ação preferencial "A" da Vale, a segunda mais negociada do dia, não escapou do vermelho e teve baixa de 0,40%.
Um dos destaques de ontem ficou com a ação preferencial de Itaú Unibanco, que registrou valorização de 3,52%. A ação ordinária do Banco do Brasil subiu 2,33%. E Bradesco PN ganhou 1,62%.
No topo do índice Ibovespa -que reúne as 64 ações de maior liquidez-, apareceram Gol PN, que se apreciou em 8,56%, e Braskem PNA, que computou alta de 7,39%.
O Ibovespa terminou o pregão de ontem com 55.748 pontos. Esse nível representa elevação de 1,80% neste mês e de 48,46% no acumulado do ano.
O dólar encerrou as operações com depreciação de 1,02% diante do real, cotado a R$ 1,85. Apesar do recuo, a cotação da moeda está distante da praticada no começo deste mês, quando chegou a fechar em R$ 1,81. No mês, a moeda americana registra recuo de 0,80%. No ano, a baixa é de 20,74%.


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