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Mercados respiram, e Bovespa tem alta de 1%
Investidor volta a comprar
ações; dólar cai para R$ 1,85
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Não deu para recuperar as
perdas do dia anterior, mas ao
menos os mercados conseguiram inverter o rumo ontem. A
Bolsa de Valores de São Paulo
acompanhou o ritmo internacional e fechou com valorização de 0,96%.
Apesar de nada ter mudado
na economia mundial de segunda-feira para ontem, os investidores resolveram voltar às
compras de ativos de maior risco, como as ações.
Em Nova York, o índice Dow
Jones voltou a registrar alta no
mês (0,51%), após subir 0,90%
no pregão de ontem. A Bolsa
eletrônica Nasdaq, referência
no segmento de alta tecnologia,
teve valorização de 1,30%.
Uma série de pequenos indicadores positivos permitiram
que os mercados respirassem.
Na Alemanha, o indicador de
sentimento econômico mostrou que analistas e investidores estão mais otimistas no que
se refere à recuperação do país
nos próximos meses.
A Bolsa de Frankfurt fechou
as operações com apreciação de
0,94%. Em Londres, houve ganhos de 0,88%.
Nos Estados Unidos, o Fed
(Federal Reserve, o banco central americano) divulgou que o
setor manufatureiro da região
de Nova York mostrou recuperação no começo do mês, atingindo o maior nível desde novembro de 2007.
Também foi apresentado nos
EUA o PPI (índice de preços ao
produtor), que apontou queda
de 0,9% no mês passado.
O cenário deu alento às cotações do petróleo. O barril do
produto subiu 3,66% em Nova
York, vendido a US$ 69,19.
Sem empolgação
O dia mais favorável no pregão brasileiro não se converteu
em forte movimentação. Pelo
contrário. O giro na Bolsa ontem ficou em R$ 4,1 bilhões,
28% abaixo da média do mês.
Isso mostra que, apesar de o resultado final ter sido positivo,
as compras não foram tão intensas, o que sinaliza certa cautela por parte dos investidores.
Além disso, a concentração
foi forte: apenas os papéis de
Petrobras, Vale, Itaú Unibanco
e Bradesco responderam por
mais de 35% de toda a movimentação financeira de ontem.
Com o petróleo em alta no
mercado internacional, as
ações da Petrobras terminaram
o pregão com apreciação, de 1%
para as preferenciais e de 0,51%
para as ordinárias.
Já a ação preferencial "A" da
Vale, a segunda mais negociada
do dia, não escapou do vermelho e teve baixa de 0,40%.
Um dos destaques de ontem
ficou com a ação preferencial
de Itaú Unibanco, que registrou valorização de 3,52%. A
ação ordinária do Banco do
Brasil subiu 2,33%. E Bradesco
PN ganhou 1,62%.
No topo do índice Ibovespa
-que reúne as 64 ações de
maior liquidez-, apareceram
Gol PN, que se apreciou em
8,56%, e Braskem PNA, que
computou alta de 7,39%.
O Ibovespa terminou o pregão de ontem com 55.748 pontos. Esse nível representa elevação de 1,80% neste mês e de
48,46% no acumulado do ano.
O dólar encerrou as operações com depreciação de 1,02%
diante do real, cotado a R$ 1,85.
Apesar do recuo, a cotação da
moeda está distante da praticada no começo deste mês, quando chegou a fechar em R$ 1,81.
No mês, a moeda americana registra recuo de 0,80%. No ano, a
baixa é de 20,74%.
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