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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa teve valorização de 2,41% e bateu recorde de negócios; risco-país recuou para 652 pontos
Ações de telefonia mantêm fôlego da Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois das fortes altas registradas nos últimos dias pelo setor de
energia elétrica, ontem foi a vez
das ações de telefonia. A Bovespa
subiu mais 2,41% e agora acumula quase 50% de valorização no
ano. O Itelecom, que reúne ações
de 25 teles, subiu ontem 4,7%.
Com o expressivo volume negociado de R$ 1,25 bilhão, a Bolsa registrou 62,4 mil negócios, cifra recorde. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o número
de contratos DI também foi recorde, ficando em 530,1 mil.
"Acreditava que a Bolsa caísse
hoje [ontem], pois a redução de
dois pontos percentuais decidida
pelo Copom nos juros já era esperada", diz Michel Campanella,
analista da corretora Socopa.
Na quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou a redução da taxa básica (Selic) de 22% para 20% anuais, ratificando o que esperava a maioria
do mercado.
O destaque do pregão ficou com
os papéis da Telemar. Uma das
ações de maior liquidez do mercado, o papel preferencial da Telemar foi responsável por 20% dos
negócios e subiu 5,56%. O papel
ON da empresa subiu 6,7%.
Rumores sobre uma possível
mudança societária, em um negócio do qual poderia fazer parte o
grupo mexicano America Movil,
estimularam a alta das ações.
As ações PN da Telesp Celular
Participações subiram 7,9%. O
papel ON da Brasil Telecom Participações teve alta de 6,6%.
Na outra ponta, investidores
embolsaram lucros acumulados
com os papéis de energia elétrica
nos últimos pregões. A maior baixa do dia ficou com Eletrobrás
ON, que caiu 4,8%.
No mercado internacional, o
risco-país voltou a recuar. O indicador teve baixa de 1,2% e fechou
aos 652 pontos, menor patamar
em mais de três anos.
Os C-Bonds subiram 0,27% e
encerraram as operações a
US$ 0,9281.
A moeda norte-americana caiu
mais um pouco. Vendido a
R$ 2,902, o dólar recuou 0,27%.
A captação de US$ 250 milhões
fechada pela Petrobras ontem
ajudou a manter o dólar em baixa.
Na BM&F, os contratos DI
-juro interbancário- sofreram
pequenos ajustes depois de anunciada a nova Selic. O DI de prazo
mais curto fechou as operações a
19,72%. No contrato com prazo
em janeiro, que projeta os juros
para a virada do ano, a taxa ficou
em 18,72%.
(FABRICIO VIEIRA)
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