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São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa teve valorização de 2,41% e bateu recorde de negócios; risco-país recuou para 652 pontos

Ações de telefonia mantêm fôlego da Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois das fortes altas registradas nos últimos dias pelo setor de energia elétrica, ontem foi a vez das ações de telefonia. A Bovespa subiu mais 2,41% e agora acumula quase 50% de valorização no ano. O Itelecom, que reúne ações de 25 teles, subiu ontem 4,7%.
Com o expressivo volume negociado de R$ 1,25 bilhão, a Bolsa registrou 62,4 mil negócios, cifra recorde. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o número de contratos DI também foi recorde, ficando em 530,1 mil.
"Acreditava que a Bolsa caísse hoje [ontem], pois a redução de dois pontos percentuais decidida pelo Copom nos juros já era esperada", diz Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Na quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou a redução da taxa básica (Selic) de 22% para 20% anuais, ratificando o que esperava a maioria do mercado.
O destaque do pregão ficou com os papéis da Telemar. Uma das ações de maior liquidez do mercado, o papel preferencial da Telemar foi responsável por 20% dos negócios e subiu 5,56%. O papel ON da empresa subiu 6,7%.
Rumores sobre uma possível mudança societária, em um negócio do qual poderia fazer parte o grupo mexicano America Movil, estimularam a alta das ações.
As ações PN da Telesp Celular Participações subiram 7,9%. O papel ON da Brasil Telecom Participações teve alta de 6,6%.
Na outra ponta, investidores embolsaram lucros acumulados com os papéis de energia elétrica nos últimos pregões. A maior baixa do dia ficou com Eletrobrás ON, que caiu 4,8%.
No mercado internacional, o risco-país voltou a recuar. O indicador teve baixa de 1,2% e fechou aos 652 pontos, menor patamar em mais de três anos.
Os C-Bonds subiram 0,27% e encerraram as operações a US$ 0,9281.
A moeda norte-americana caiu mais um pouco. Vendido a R$ 2,902, o dólar recuou 0,27%.
A captação de US$ 250 milhões fechada pela Petrobras ontem ajudou a manter o dólar em baixa.
Na BM&F, os contratos DI -juro interbancário- sofreram pequenos ajustes depois de anunciada a nova Selic. O DI de prazo mais curto fechou as operações a 19,72%. No contrato com prazo em janeiro, que projeta os juros para a virada do ano, a taxa ficou em 18,72%. (FABRICIO VIEIRA)


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