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EM TRANSE
Moeda dos EUA fecha a R$ 3,87, indicador do JP Morgan recua abaixo dos 2.000 pontos e Bovespa avança 1,35%
Dólar e risco voltam a cair, e Bolsa, a subir
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro manteve
o bom humor ontem e os indicadores brasileiros fecharam, por
mais um dia, em níveis positivos.
O dólar caiu 0,90% e encerrou o
dia vendido a R$ 3,87.
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu 1,35%, e o risco-país, calculado pelo banco JP Morgan, teve
baixa de 5%, para 1.968 pontos.
O indicador ficou abaixo dos
2.000 pontos pela primeira vez
desde 4 de outubro. Nesta semana, acumulou queda de 11,35%.
Não houve novidades ontem
para influenciar o comportamento dos negócios. Prevaleceu no
mercado um certo início de tranquilidade em relação a um eventual governo do PT -hipótese já
dada como certa pelos investidores internacionais e domésticos.
As declarações do partido, na
quinta-feira, demonstrando um
comprometimento com as metas
fiscais agradaram ao mercado.
"As primeiras sinalizações vindas do PT foram bastante positivas, com as afirmações em relação
ao superávit primário, à Previdência e à importância do mercado de capitais", avalia Clive Botelho, diretor do banco Santos.
As medidas administrativas do
Banco Central, que restringiu a
capacidade de exposição cambial
dos bancos, na semana passada,
serviram para conter a especulação com a moeda norte-americana, diz o economista.
O dólar encerrou a semana em
alta de 1,3%, resultado considerado positivo, em especial em um
período de vencimentos de US$
3,6 bilhões em dívida pública atrelada ao câmbio. O Banco Central
não precisou ofertar a moeda ao
mercado à vista ontem para influenciar o comportamento da
cotação.
Pressão de volta
Na segunda-feira, pode haver
pressão sobre o dólar, por conta
de novo vencimento de dívida pública atrelada ao dólar -dessa
vez de US$ 1,1 bilhão, na quarta.
Também no dia 23 sairá a decisão
do Copom sobre os juros.
A maior parte dos analistas
acredita que a elevação das taxas
na segunda-feira visou o combate
à inflação e que não há necessidade de altas adicionais.
Pesquisa realizada pela Reuters
apontou que todos os 20 economistas consultados acreditam que
as taxas serão mantidas em 21%,
sem viés.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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