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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa encerra semana de recuperação em alta de 1,9%; juros futuros têm pequena queda
Bolsa volta aos 9.000 pontos após 9 pregões
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
emplacou mais uma alta ontem.
O Ibovespa subiu 1,35% e voltou a superar 9.000 pontos, após
nove pregões na casa dos 8.000.
Fechou a 9.022 pontos.
O giro financeiro, de R$ 468,345
milhões, foi fraco. A Bovespa encerrou a semana com alta acumulada de 1,90%.
Segundo Álvaro Bandeira, da
Ágora Sênior, trata-se, apenas de
uma recuperação.
"As altas desta semana estão
longe de indicar uma mudança de
tendência para o mercado. É cedo
para dizer que acabou o estresse."
Ele avalia que as ações estavam
com preços muito baixos, em especial em dólar, e não haviam se
beneficiado, até anteontem, do
aparente início de recuperação
das Bolsas dos EUA.
"A alta de 6,34% da quinta-feira
[maior valorização do Ibovespa
neste ano] foi animadora porque
veio acompanhada de um giro financeiro acima da média e bons
desempenhos de empresas de peso", afirma Bandeira.
As negociações em Bolsa também se beneficiaram do clima positivo causado por uma certa trégua dada pelos investidores a um
provável governo do PT.
O lançamento de documento
elaborado em conjunto pelo partido e pela Bovespa, que trata do
papel do mercado de capitais no
desenvolvimento econômico, e
declarações favoráveis ao ajuste
fiscal, vindas de membros do PT,
foram classificadas como "muito
positivas" pelos operadores.
A maior alta do dia foi a das
ações preferenciais da Celesc, que
subiram 6,3%. Na semana, Net
PN (antiga Globo Cabo) acumulou a maior valorização, 16,66%.
Petrobras PN subiu 5,26% no período e conseguiu um bom desempenho, apesar das quedas no
início da semana, com os problemas apresentados em sua plataforma P-34.
Causou algum desânimo nas
negociações no mercado doméstico ontem a divulgação, pela
Moody's, que rebaixava ratings
de bancos brasileiros.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, fecharam com
alta de 4,6%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros caíram ontem. Os contratos para janeiro de 2003 fecharam
a 24,36%, ante 24,80%. Para novembro, as projeções passaram
de 22,19% para 21,76%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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