São Paulo, sábado, 19 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa encerra semana de recuperação em alta de 1,9%; juros futuros têm pequena queda

Bolsa volta aos 9.000 pontos após 9 pregões

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo emplacou mais uma alta ontem.
O Ibovespa subiu 1,35% e voltou a superar 9.000 pontos, após nove pregões na casa dos 8.000. Fechou a 9.022 pontos.
O giro financeiro, de R$ 468,345 milhões, foi fraco. A Bovespa encerrou a semana com alta acumulada de 1,90%.
Segundo Álvaro Bandeira, da Ágora Sênior, trata-se, apenas de uma recuperação.
"As altas desta semana estão longe de indicar uma mudança de tendência para o mercado. É cedo para dizer que acabou o estresse."
Ele avalia que as ações estavam com preços muito baixos, em especial em dólar, e não haviam se beneficiado, até anteontem, do aparente início de recuperação das Bolsas dos EUA.
"A alta de 6,34% da quinta-feira [maior valorização do Ibovespa neste ano] foi animadora porque veio acompanhada de um giro financeiro acima da média e bons desempenhos de empresas de peso", afirma Bandeira.
As negociações em Bolsa também se beneficiaram do clima positivo causado por uma certa trégua dada pelos investidores a um provável governo do PT.
O lançamento de documento elaborado em conjunto pelo partido e pela Bovespa, que trata do papel do mercado de capitais no desenvolvimento econômico, e declarações favoráveis ao ajuste fiscal, vindas de membros do PT, foram classificadas como "muito positivas" pelos operadores.
A maior alta do dia foi a das ações preferenciais da Celesc, que subiram 6,3%. Na semana, Net PN (antiga Globo Cabo) acumulou a maior valorização, 16,66%. Petrobras PN subiu 5,26% no período e conseguiu um bom desempenho, apesar das quedas no início da semana, com os problemas apresentados em sua plataforma P-34.
Causou algum desânimo nas negociações no mercado doméstico ontem a divulgação, pela Moody's, que rebaixava ratings de bancos brasileiros.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, fecharam com alta de 4,6%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para os juros caíram ontem. Os contratos para janeiro de 2003 fecharam a 24,36%, ante 24,80%. Para novembro, as projeções passaram de 22,19% para 21,76%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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