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Bancários aceitam acordo se dias parados não forem descontados
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Os bancários só aceitam fechar
um acordo salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos
Bancos) se os bancos não descontarem os 30 dias da greve.
A condição foi imposta pela
CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) após as instituições anunciarem na última
sexta-feira que farão o desconto
de parte dos dias parados.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já confirmaram
que vão descontar parte dos dias
parados do salário a ser pago
amanhã. Irão descontar até cinco
dias do salário de cada funcionário, o equivalente a um terço dos
15 dias de paralisação relativos ao
mês passado.
"Não há qualquer possibilidade
de acordo sem o não-desconto
dos dias de paralisação", diz Vagner Freitas, presidente da CNB.
Os bancários suspenderam
temporariamente a paralisação
da categoria na semana passada
na tentativa de fazer um acordo
salarial com os bancos e evitar o
julgamento da greve.
A decisão final sobre o pagamento ou não dos dias parados só
deve sair na quinta-feira, quando
o TST (Tribunal Superior do Trabalho) irá julgar a questão e a greve. Como os bancos oficiais pagam a seus funcionários amanhã,
decidiu-se promover parte dos
descontos já neste mês.
Os bancários estão em campanha salarial e querem reajuste de
19% mais R$ 1.500 de abono salarial. Os bancos ofereceram reajuste de 8,5% a 12,77%. No dia 15 de
setembro a categoria iniciou uma
greve, que atingiu 24 capitais, e foi
suspensa na quinta-feira passada.
Tentativa de acordo
Na contramão do que propõe a
CNB -negociação em conjunto
com os bancos privados e públicos-, o coordenador da negociação dos funcionários do Banco do
Brasil, Marcel Barros, admitiu ontem que poderia buscar um acordo com a instituição pública.
"Enquanto a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não
tem uma proposta para o conjunto da categoria, vamos buscar um
entendimento direto com os bancos", disse o coordenador da negociação dos funcionários do
Banco do Brasil, Marcel Barros.
Segundo ele, a categoria pedirá
para o BB pagar os dias parados.
No entanto, o BB informou que
autorizou o desconto de cinco
dias parados em setembro dos salários pagos nesta semana e que
os demais dias serão negociados.
"Essa não é a nossa orientação.
Não queremos o desconto de nenhum dia", diz Freitas.
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