DA REDAÇÃO

Os latinos-americanos que vivem no exterior mandarão para seus países de origem US$ 60 bilhões neste ano, um aumento de 12% em relação a 2005. A maior parte desse dinheiro, US$ 45 bilhões, virá dos EUA, de acordo com pesquisa do Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O Bid não divulgou as projeções para cada país neste ano. Em 2005, diz, os latinos enviaram US$ 53 bilhões para seus países. O Brasil recebeu US$ 6,4 bilhões, perdendo apenas para o México, US$ 20 bilhões.
Os imigrantes latinos nos EUA têm uma renda total estimada em mais de US$ 500 bilhões. Cerca de 73% da população adulta latina, 12,6 milhões, envia dinheiro regularmente. Esse valor representa, na média, 10% dos seus rendimentos.
O estudo do Bid foi realizado em 48 Estados americanos e, em todos que foram pesquisados em 2004, houve aumento nos valores enviados pelos imigrantes. A Califórnia foi o Estado que teve mais remessas em termos absolutos, US$ 13,2 bilhões, seguido por Texas, US$ 5,2 bilhões, e Nova York, US$ 3,7 bilhões.
A pesquisa mostra que 56% dos latinos que mandam dinheiro não tinham emprego em seu país de origem, mas mais da metade encontrou trabalho nos EUA em 30 dias. Eles recebem em média US$ 900 por mês, seis vezes mais do que ganhavam quando estavam empregados em seus países.
Ainda segundo o estudo do Bid, mais de 60% dos imigrantes latinos que remetem dinheiro são considerados trabalhadores pobres ou de classe média baixa, com uma renda anual de US$ 30 mil.


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