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Inflação nos EUA e Copom são destaques da semana
Expectativa é que os juros
sejam mantidos em 8,75%
DA REPORTAGEM LOCAL
A agenda de eventos econômicos desta semana será bastante intensa. Inflação, juros e
desemprego estão entre os destaques dos próximos dias.
Amanhã, os investidores irão
se deparar com o PPI (índice de
preços no atacado dos EUA).
No momento em que se espera
que a economia se recupere o
mais rapidamente possível, um
pouco de inflação pode ser um
bom sinal, por sinalizar que o
consumo está aumentando.
A expectativa dos analistas é
que o PPI tenha registrado elevação de 0,1% em setembro.
Ainda amanhã vão ser apresentados números do setor
imobiliário. Dados sobre as licenças concedidas para novas
construções são o destaque no
segmento nos EUA.
Na quarta-feira, haverá importantes eventos.
Nos EUA, a apresentação do
livro bege -compilação de dados econômicos norte-americanos- é o indicador relevante
do dia. O documento oferece
um amplo panorama sobre como tem se comportado a maior
economia do planeta.
No Brasil, o Copom (Comitê
de Política Monetária, formado
por diretores e o presidente do
BC) realiza a sua penúltima
reunião de 2009. A expectativa
do mercado é que o Copom
mantenha os juros básicos no
atual patamar, de 8,75% ao ano.
Segundo avaliação de José
Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator,
"levantamentos formais e informais indicam unanimidade
a respeito da expectativa de
manutenção da taxa básica em
8,75%. Não penso diferente".
"A dúvida recai sobre o modo
pelo qual o Copom pode reagir
aos fatos novos desde a reunião
de setembro", diz o economista, citando o câmbio, as importações e a curva futura de juros.
O mais recente boletim Focus, realizado pelo BC após pesquisa com cem instituições financeiras, mostrou que o mercado espera que a Selic encerre
o ano nos atuais 8,75%. Para o
fim de 2010, a expectativa é que
a taxa esteja em 10,25%.
Na quinta, o IBGE apresenta
o resultado da taxa de desemprego do país no mês passado.
A expectativa é que o índice tenha recuado de 8,1% para 8%.
A semana fecha com um discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (BC dos EUA).
Ainda na sexta, vai ser apresentado o volume de vendas de
imóveis usados nos EUA.
A agenda brasileira fecha
com a apresentação do IPCA-15, para o qual se espera aumento de 0,28%.
O IPCA-15 é uma espécie de
prévia do IPCA, que baliza a
meta de inflação. A diferença é
apenas o período de recolhimento. Enquanto o IPCA
acompanha todo o mês-calendário, o IPCA-15 se concentra
no fechamento da coleta no
meio do mês de divulgação.
O centro da meta do governo
2009 é de 4,5%. Até setembro, o
IPCA acumulou alta de 3,21%.
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