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São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2003

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PRIVATIZAÇÃO

Empresa não paga por concessão, diz governo

Kirchner deve cancelar venda do Correo Argentino ao Grupo Macri

CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES

O governo argentino pretende rescindir o contrato de concessão do Correo Argentino, privatizado em 97. A justificativa é que nos últimos quatro anos a empresa não fez pagamentos anuais de 103 milhões de pesos pela concessão.
A informação foi veiculada pelo jornal "Clarín" de ontem. A assessoria da Presidência argentina confirmou que uma decisão seria tomada entre ontem e hoje. Até o fim da tarde, o Correo Argentino não havia recebido nenhuma comunicação oficial sobre o tema.
Segundo o "Clarín", o governo pretende convocar nova licitação para "reprivatizar" a empresa em seis meses. Enquanto isso, ela ficaria sob comando dos empregados, acionistas minoritários.
Desde o início de seu mandato, em maio, o presidente Néstor Kirchner alerta que, além dos correios, concessões de aeroportos e rodovias podem ser "reprivatizados". Se confirmada, a rescisão do contrato com o Correo será a primeira medida nesse sentido.
O Correo enfrenta pedido de falência por parte do Estado, por um passivo de 900 milhões de pesos. Por sua vez, a empresa reclama 1,07 bilhão de pesos por "supostos descumprimentos, danos e prejuízos por parte do Estado."


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