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PRIVATIZAÇÃO
Empresa não paga por concessão, diz governo
Kirchner deve cancelar venda do Correo Argentino ao Grupo Macri
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
O governo argentino pretende
rescindir o contrato de concessão
do Correo Argentino, privatizado
em 97. A justificativa é que nos últimos quatro anos a empresa não
fez pagamentos anuais de 103 milhões de pesos pela concessão.
A informação foi veiculada pelo
jornal "Clarín" de ontem. A assessoria da Presidência argentina
confirmou que uma decisão seria
tomada entre ontem e hoje. Até o
fim da tarde, o Correo Argentino
não havia recebido nenhuma comunicação oficial sobre o tema.
Segundo o "Clarín", o governo
pretende convocar nova licitação
para "reprivatizar" a empresa em
seis meses. Enquanto isso, ela ficaria sob comando dos empregados, acionistas minoritários.
Desde o início de seu mandato,
em maio, o presidente Néstor
Kirchner alerta que, além dos correios, concessões de aeroportos e
rodovias podem ser "reprivatizados". Se confirmada, a rescisão do
contrato com o Correo será a primeira medida nesse sentido.
O Correo enfrenta pedido de falência por parte do Estado, por
um passivo de 900 milhões de pesos. Por sua vez, a empresa reclama 1,07 bilhão de pesos por "supostos descumprimentos, danos
e prejuízos por parte do Estado."
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