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SAIBA MAIS
Economista deixa ministério sem aprovação da PPP
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal assessor econômico da campanha do presidente
Lula, em 2002, o economista
Guido Mantega saiu do Ministério do Planejamento sem ver
o seu principal projeto, a Parceria Público-Privada, em vigor.
No discurso de posse como
ministro, em janeiro de 2003,
Mantega afirmou que o Estado
deveria exercer um papel mais
atuante na economia e no planejamento estratégico.
A PPP tornou-se a principal
bandeira da gestão Mantega. O
projeto defende o estabelecimento de parcerias entre o Estado e setores privados para investimento em infra-estrutura.
O projeto foi aprovado ontem na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, mas a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ficou para a próxima semana. Só após passar pela CCJ é
que o projeto pode ser votado
em plenário. Ainda assim, precisa voltar para a Câmara.
Na CCJ, uma nova questão
deve gerar discussões: o formato do fundo garantidor para os
projetos realizados pela União.
Pelo texto do relator do projeto
na CAE, senador Valdir Raupp
(PMDB-RO), o fundo garantidor (com recursos da União)
teria natureza privada (regras
de gestão), mas a administração ficaria a cargo do governo.
No seu período no ministério, Mantega perdeu o poder de
porta-voz da área econômica
para o ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho.
Antes de assumir o Planejamento, Mantega era um ferrenho crítico da política monetária do BC da gestão FHC e chamou de "modelinho econométrico burro" o uso de aumento
nas taxas de juros para contrabalançar aumento da inflação.
Nascido em Gênova (Itália),
Mantega veio com três anos
para o Brasil. Formou-se em
economia pela USP e fez doutorado em sociologia. Integra a
equipe econômica do PT desde
89. Na administração de Luiza
Erundina na Prefeitura de São
Paulo (89-92), foi chefe-de-gabinete do secretário de Planejamento, Paul Singer, e depois diretor de Orçamento.
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