São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2004

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Economista deixa ministério sem aprovação da PPP

DA REPORTAGEM LOCAL

Principal assessor econômico da campanha do presidente Lula, em 2002, o economista Guido Mantega saiu do Ministério do Planejamento sem ver o seu principal projeto, a Parceria Público-Privada, em vigor.
No discurso de posse como ministro, em janeiro de 2003, Mantega afirmou que o Estado deveria exercer um papel mais atuante na economia e no planejamento estratégico.
A PPP tornou-se a principal bandeira da gestão Mantega. O projeto defende o estabelecimento de parcerias entre o Estado e setores privados para investimento em infra-estrutura.
O projeto foi aprovado ontem na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, mas a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ficou para a próxima semana. Só após passar pela CCJ é que o projeto pode ser votado em plenário. Ainda assim, precisa voltar para a Câmara.
Na CCJ, uma nova questão deve gerar discussões: o formato do fundo garantidor para os projetos realizados pela União. Pelo texto do relator do projeto na CAE, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o fundo garantidor (com recursos da União) teria natureza privada (regras de gestão), mas a administração ficaria a cargo do governo.
No seu período no ministério, Mantega perdeu o poder de porta-voz da área econômica para o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.
Antes de assumir o Planejamento, Mantega era um ferrenho crítico da política monetária do BC da gestão FHC e chamou de "modelinho econométrico burro" o uso de aumento nas taxas de juros para contrabalançar aumento da inflação.
Nascido em Gênova (Itália), Mantega veio com três anos para o Brasil. Formou-se em economia pela USP e fez doutorado em sociologia. Integra a equipe econômica do PT desde 89. Na administração de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo (89-92), foi chefe-de-gabinete do secretário de Planejamento, Paul Singer, e depois diretor de Orçamento.


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