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Palocci "ganhou, mas não levou"
no caso de Lessa, afirma Beluzzo
DA REDAÇÃO
O grupo do ministro Antonio
Palocci (Fazenda) no governo Lula "ganhou, mas não levou" com a
saída de Carlos Lessa do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a
entrada de Guido Mantega na
presidência do órgão.
A avaliação é do economista
Luiz Gonzaga Belluzzo. "O Mantega não está, claramente, na mesma órbita do Palocci. Ganharam
mas não levaram. Se [o governo]
tivesse usado uma outra solução
que estava a mão, que era colocar
um nome do mercado financeiro,
tinha ficado claro. Não foi um vitória definitiva", argumenta.
Para a economista Lena Lavinas, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro),
a demissão de Lessa "mostra que
existe conflito aberto dentro do
governo" a respeito da linha de
política econômica a ser adotada,
embora represente uma derrota
para os não-alinhados a Palocci.
"O governo está se reposicionando", ela disse. "Não é mais questão de tendência; é escolha", afirma sobre a suposta ambigüidade
inicial do governo entre neodesenvolvimentistas e a ortodoxia.
Belluzzo vê em Mantega interesse em uma política desenvolvimentista "ainda neste governo".
Mas faz uma ressalva: "Talvez ele
não tenha força suficiente para
contrastar com a política econômica". Ele compara Palocci ao
aborígene Sexta-feira educado
por Robinson Crusoé no livro de
Daniel Defoe (1660-1731) : "A política dominante é a do Fundo
[FMI], que tem um representante
que é o [Joaquim] Levy [secretário do Tesouro], que tem um Sexta-feira que é o Palocci."
(FM e RC)
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