São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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Mercado Aberto

@ - Guilherme Barros

Consumo de eletroeletrônicos no Brasil ainda é muito baixo

Apesar do aumento do consumo de eletroeletrônicos nos últimos anos, o Brasil ainda está na lanterna entre diversos países na compra desses produtos. O Brasil só aparece com destaque na compra de DVDs.
Os resultados aparecem em uma pesquisa ampla que foi coordenada pela Ipsos da América do Norte com o objetivo de traçar um perfil de consumo em diversos países do mundo. O trabalho foi feito em setembro e abrangeu os seguintes países: Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Japão, México, Coréia do Sul e Brasil. A pesquisa, no Brasil, foi feita pelo braço da Ipsos no país e foram entrevistadas 500 pessoas.
Os Estados Unidos foram os que mais adquiriram novos equipamentos eletrônicos para suas casas nos últimos 12 meses. De cada cem americanos, 44 compraram um novo produto. Em segundo, o Canadá, com 41%. O Brasil aparece em sétimo e último, com apenas 19%.
O curioso é que a preferência desses países não é para a compra das TVs de plasma ou de LCD. O DVD ainda é o produto mais procurado. O produto responde por 44% das compras de eletroeletrônicos. As TVs convencionais aparecem em segundo, com 35%, e, em terceiro, os CD players, com 18%. Os preços das TVs de plasma ou de LCD ainda não estão acessíveis o suficiente para se tornarem vedetes entre os eletrônicos mais procurados do mundo.
O campeão entre os países que mais compram DVDs é o México, com 42%. O Brasil vem em seguida, com 40%. Os Estados Unidos aparecem em terceiro, com 38%. O Japão se destaca na aquisição de MP3 players, com 21%.
O diretor-geral da Ipsos Brasil, Rodrigo Toni, explica que no Brasil o consumo de eletroeletrônicos ainda é pequeno em relação aos outros países basicamente em razão das dificuldades de crédito. "O preço do dinheiro é muito caro", diz ele. Para aumentar o consumo, o país precisa baixar os juros e aumentar o poder aquisitivo da população.
O presidente da Eletros, Paulo Saab, chama a atenção para o fato de o país ter amargurado cinco anos consecutivos de recessão, de 99 a 2003, e isso afetou as vendas dos eletroeletrônicos. Para ter uma idéia, neste ano, o país irá vender 10 milhões de aparelhos de TV, sendo que, há dez anos, compraram-se 8,5 milhões.
Os avanços foram pequenos, apesar de, neste ano, a Eletros prever um aumento de 13% nas vendas de eletroeletrônicos, puxado principalmente pela linha de imagem e som. A vantagem é que, se houver uma melhora das condições econômicas, o setor tem grandes chances de deslanchar, já que o potencial no país é muito alto. O índice de penetração de eletroeletrônicos no Brasil é muito baixo.


Oscar Freire, às vésperas do Natal, segue em obras

Às vésperas do Natal, a Oscar Freire parece saída de uma guerra. Após três anos de projetos e um ano em obras, as cinco quadras do principal reduto do comércio de luxo paulistano parecem Beirute. Apesar desse estado, a presidente da Associação dos Lojistas da Oscar Freire, Rosângela Lyra, diz que as obras ficarão prontas a tempo para o Natal. A previsão é que, no dia 30, o último poste seja retirado e, como todos os outros do trecho reformado, substituído por um ipê-roxo ou amarelo. Quando chegar ao fim, a revitalização -que abrange o alargamento e a uniformização das calçadas, o aterramento da rede elétrica e a troca do mobiliário urbano- terá custado cerca de R$ 8 milhões. Ainda que ocorram atrasos, Lyra afirma que as compras de Natal serão feitas já com as novas instalações. "Brasileiro compra tudo de última hora mesmo", diz ela. "Para os dez dias antes do Natal, é compromisso."

PROSA NA CAIXA

A coleção de livros Prosa do Mundo, que reúne clássicos da literatura mundial de diversos autores, editada pela Cosac Naify, chega a seu 20º título: "O Exército da Cavalaria", de Isaac Bábel. Em comemoração, a editora lança, neste mês, duas caixas em aço inox escovado que reúnem os livros em dois tomos -do 1 ao 10 e do 11 ao 20-, em tiragem limitada. Para formá-las, boa parte dos livros teve de ser reimpressa. Na coleção, há títulos de autores como Tolstói, Brecht e Beckett. Para o publisher Charles Cosac, a Prosa do Mundo é um "xodó" e marca a expansão da editora. Com sua criação, em 2000, a literatura passou a receber mais atenção na empresa. "A Prosa do Mundo é um marco da mudança de perfil da editora, que se expandiu para além da arte", diz Cosac. Antes do lançamento, o plano era distribuir as caixas para um número reduzido de livrarias. Os pedidos, no entanto, foram cinco vezes maiores do que o previsto.

CHOCOLATE
Neste Natal, a Kopenhagen aumentou sua produção em 35% em relação ao ano passado. No total são 190 toneladas de chocolate, o equivalente a um faturamento de R$12 milhões. Para atender à demanda, a marca aumentou em 40% o quadro de colaboradores, contratando 300 trabalhadores temporários. Nos últimos dois anos, foram efetivados 30% dos temporários contratados para épocas de maior fluxo.

BILHETE PREMIADO
Perder o bilhete, esquecer no bolso da calça, deixar de verificar o resultado -não se sabe quais são os motivos que levam o apostador a perder um prêmio de loteria. De janeiro a outubro, o montante não reclamado pelos apostadores chegou a R$ 69,2 milhões nas loterias da Caixa. Do total, a Mega-Sena responde por R$ 26,6 milhões. A Lotofácil soma R$ 14,8 milhões. O dinheiro não reclamado, no prazo de 90 dias, pelos clientes das loterias Caixa vão para o Fies (Fundo de Investimento ao Estudante de Curso Superior).

PIPOCA 1
A partir de sábado, espectadores de São Paulo e do Rio poderão montar em salas de cinema um filme publicitário para o novo Idea Adventure, da Fiat. O público enviará, por SMS, seqüências de uma história. A apuração dos votos será feita em tempo real. A ação foi criada pela AgênciaClick.

PIPOCA 2
A partir da próxima sexta-feira, o grupo Severiano Ribeiro (Kinoplex) resgata a figura do lanterninha. A ação faz parte do projeto de compra de ingressos pela internet e em totens de auto-atendimento nos cinemas. O lanterninha vai auxiliar o público a encontrar a poltrona escolhida.


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